postado em 15/02/2015 07:00
Prepara desfile, produz fantasia, compõe samba-enredo, decora música e ensaia a bateria. São quatro meses de dedicação exclusiva para a maior festa do país. É raro um brasileiro que não se planeja para curtir o carnaval. Neste ano, a preparação até aconteceu. As escolas de samba do Distrito Federal escolheram o tema da apresentação e encomendaram toda a indumentária, mas o apoio financeiro do GDF não saiu, e a festa foi cancelada pela quarta vez em 55 anos de capital. São 21 agremiações e quase 15 mil pessoas que reservaram a data a fim de desfilar na folia candanga, mas terão de conter a explosão de alegria até o próximo ano.Com a decisão do Palácio do Buriti, porém, muitos mudaram a agenda. Alguns não desistiram de se divertir, vão tirar a fantasia do armário e pular nos blocos de rua. Outros aproveitaram o cancelamento da comemoração oficial para deixar a capital federal. Mas tem gente que nem isso poderá fazer. Apesar de ter vencido a disputa, o Rei Momo, Antônio Jorge Sales, não assumirá o reinado agora. Até está proibido de usar os trajes, a coroa, o cetro e a faixa neste ano. Terá de esperar 2016 para curtir as regalias e os paparicos do reinado. Além disso, não recebeu os R$ 6 mil da premiação do concurso. ;É uma pena. Sentimento de frustração vencer a concorrência e não ganhar o prêmio e as mordomias;, lamenta.
Enraizadas na comunidade, algumas escolas de samba estão preparando festa na rua mesmo, ao som da bateria, para não perder o ritmo e reunir a vizinhança. A Águia Imperial de Ceilândia, por exemplo, reservou um ;arrastão; para segunda-feira. ;Vamos botar a banda na avenida da nossa cidade, arrastar todo mundo que tiver na rua e sair com um carro de som cantando os nossos sambas-enredo antigos. Vamos comemorar de qualquer maneira;, conta Geomar Leite, presidente da agremiação e também da União das Escolas de Samba e dos Blocos Enredo do DF (Uniesb).
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