Cidades

Caindo na #CBfolia

Ana Dubeux
postado em 15/02/2015 13:45
Quando crianças, assim, sem aviso, gritávamos ;altas!”. Era a palavra-chave para uma pausa na brincadeira, na briga... na vida. A atual crise política e o burburinho resultantes do derretimento da Petrobras alcançaram esse patamar extenuante em que precisamos pedir ;altas;. Até para benefício do leitor, que: 1) não será sugado pelo tédio; 2) perceberá muito rapidamente que, neste momento, o carnaval de Brasília é bem mais interessante. De Brasília? Exato: sobretudo quando ele parece ressurgir de um período de letargia justamente no ano em que o GDF atrasou pagamento de servidores, anunciou mais impostos e cortou gastos, atingindo a folia sem piedade aparente.

Num ano em que as escolas de samba não desfilarão por falta de patrocínio e o Rei Momo adentrou fevereiro sem reinado, uma multidão foi às ruas em pontos bem distintos do DF para acompanhar o Galinho, o Babydoll, o Mamãe Taguá. Menos mal que o povo não espera mais a boa vontade do Poder Público, seja deste ou daquele que provocou o rombo nas águas passadas que parecem não mover o DF.

Quem se empolga caminha em ritmo apressado, no embalo de uma alegria que, sem clichês, contagia. Assim, mais de 25 blocos assumiram o comando da brincadeira e mostraram uma nova faceta da cidade que antes só era conhecida pela irreverência do Pacotão.

Brasília tem carnaval e o carnaval de Brasília está no Correio. Desde ontem, nossos repórteres estão nas ruas para registrar as cenas da festa na cidade e, mais que isso, uma equipe igualmente talentosa recebe, na Redação do jornal, fotos e vídeos dos foliões com a hashtag #CBfolia para estampar nosso site (www.correiobraziliense.com.br) e as páginas do jornal que você tem nas mãos. Por meio dos nossos perfis nas redes sociais, o leitor de todas as plataformas se conecta com o jornal e, nós, com o resto do país. Nossa presença na rede é fonte importantíssima de disseminação da informação, e a instantaneidade não nos faz reféns, só impulsiona nossa comunicação mais adiante.

Em questão de segundos, rostos e fantasias do carnaval tomam conta do nosso site. E grande parte delas estão reproduzidas na nossa capa de hoje.

Tentar explicar esses fenômenos que correm como vírus na web é tarefa que, apesar de a internet ter mais de 20 anos, ainda engatinha até entre acadêmicos. Enquanto eles se debruçam do lado de lá, nós surfamos do lado de cá. E, usando o carnaval de Brasília como inspiração, nos reinventamos a cada dia. Aprendemos muito neste sábado e continuaremos a aprender até a quarta-feira de Cinzas, porque uma hora a ;pausa; precisa acabar.

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