Ailim Cabral
postado em 21/02/2015 11:40
O sistema de cotas para o ingresso de alunos da rede pública de ensino na Universidade de Brasília (UnB), desde quando passou a ser aplicado ; em 2013 ;, provoca polêmicas e dúvidas sobre o funcionamento. Ele começou de forma progressiva, com 12,5 % das reservas. Este ano, alcança 37,5% e, em 2016, chegará a 50%. O impacto começa a ser sentido, com o aumento da dificuldade para o ingresso de quem não está incluído em nenhuma política afirmativa. Resultou em mais inscrições nos vestibulares de faculdades privadas e ainda evidencia a necessidade de melhorar a qualidade do ensino médio público na capital do país. Para suprir as carências de conteúdo e aumentar as chances, alunos procuram cursos preparatórios, que tiveram acréscimo de 15% a 20% nas matrículas.Existem hoje três formas principais de seleção para ingressar em um curso de graduação na UnB: o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas do Enem na classificação dos candidatos; o Programa de Avaliação Seriada (PAS) e o vestibular tradicional, que ocorre somente no meio do ano. A partir de 2016, 50% das vagas de todas elas serão destinadas somente aos estudantes que concluíram todo o ensino médio em escolas da rede pública de ensino, contemplados pela Lei N; 12.711, de 2012.
[SAIBAMAIS]O documento, popularmente denominado de lei das cotas sociais, divide os estudantes em quatro grupos diferentes: candidatos com renda familiar menor ou igual a 1,5 salário mínimo per capita que se consideram pretos, pardos ou indígenas (PPI) e os que não se enquadram nas questões raciais. Candidatos com renda familiar maior que 1,5 salário mínimo per capita que se consideram PPI e aqueles que não se autodeclaram PPI (veja quadro).
Além disso, são destinadas 5% das oportunidades aos candidatos que se consideram negros, oriundos de qualquer rede de ensino. No fim, serão 55% das vagas para cotas (sociais e raciais) e 45% para o sistema universal. ;Com as cotas raciais, uma experiência de mais de 10 anos, observamos que o perfil da UnB mudou de fato. A diversidade aumentou. Para as cotas sociais, é preciso um pouco mais de tempo para ver os resultados, mas tenho esperança de que será positivo;, afirma o reitor da UnB, Ivan Camargo.
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