Cidades

Lei que prevê suporte para bicicletas em ônibus ficará apenas na intenção

À espera da sanção do governador, a obrigatoriedade de construção do equipamento deve durar pelo menos oito anos até ser cumprida. A determinação só é válida para a próxima concessão de uso de linhas

postado em 21/02/2015 12:19

Lei dos paraciclos, GPS para saber o horário exato dos ônibus, construção de bicicletários e construção de elevadores para deficientes. Diversos projetos foram pensados e muitas leis aprovadas para melhorar a vida do usuário do transporte público, mas, na prática, não é bem assim que acontece. Por ter pouca praticidade, por ser inviável, burocrática e até mesmo inconstitucional, boa parte dessas leis acaba restrita ao papel. Lei aprovada recentemente pela Câmara Legislativa caminha nesse sentido. A proposta prevê a construção de racks ; suportes para bicicletas, iguais aos usados nos carros ; para a frota de ônibus do Distrito Federal. A proposta é legal, animou os ciclistas de Brasília, no entanto, especifica que a obrigatoriedade é apenas para a próxima concessão de uso das linhas. Ou seja, daqui a pelo menos oito anos.

Atualmente, a maior parte do transporte público rodoviário está sob a responsabilidade de empresas habilitadas por áreas de atuação, conforme licitações ocorridas entre 2012 e 2013. A concessão de exploração dessas bacias é válida por 10 anos, podendo ser prorrogada por mais 10. Segundo o governo, quem responde pelo serviço são as empresa de ônibus, que deverão se adequar e arcar com os custos de implantação após a sanção do governador. Enquanto isso, a Secretaria de Mobilidade do DF afirmou que o Executivo tem ;interesse em qualquer lei que seja benéfica ao cidadão que vive em Brasília. Entretanto, é necessário um detalhamento, baseado no diálogo entre o Legislativo, o Executivo e a comunidade, para que as coisas sejam bem executadas.;

À espera da sanção do governador, a obrigatoriedade de construção do equipamento deve durar pelo menos oito anos até ser cumprida. A determinação só é válida para a próxima concessão de uso de linhas

O analista de sistemas Jorge Henrique Farias Leal, 37 anos, usa a bicicleta como o principal meio de transporte. Para o percurso diário, de casa para o trabalho e do trabalho para casa, Jorge não precisaria do suporte nos ônibus. ;Sinto falta em outras situações, quando quero percorrer distâncias mais longas, trechos de 20km, por exemplo, em que o ideal seria pegar um ônibus para diminuir o trajeto.; Para ele, é importante que a cidade entre no esquema de transporte intermodal ; é aquele que requer tráfego misto ou múltiplo, envolvendo mais de uma ou várias modalidades de transporte.

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