postado em 22/02/2015 08:00
;Nós temos a mesma namorada;, disse, uma vez, Juscelino Kubitschek ao então prefeito do Distrito Federal, Paulo de Tarso Santos, 89 anos. A paixão que os dois dividiam tinha nome e endereço: era Brasília, a nova e recém-inaugurada capital do país. Esse e outros relatos, além de fotografias, documentos importantes e cartões-postais, saíram do baú da família do político para estar ao alcance de toda a população. A esposa e os filhos de Paulo de Tarso doaram a documentação ao Arquivo Público do Distrito Federal. Agora, uma figura ilustre da história da cidade e do Brasil poderá deixar o quase anonimato.
Antes de ser administrada por um governador, Brasília era chefiada por prefeitos. O primeiro deles foi Israel Pinheiro, que também era presidente da Novacap, empresa responsável pela construção da capital. Pinheiro comandou a cidade de 7 de maio de 1960 até 31 de janeiro de 1961. Entre fevereiro e agosto do mesmo ano, durante o mandato de Jânio Quadros, Paulo de Tarso ocupou o cargo. ;É um dos melhores homens públicos da nossa geração. Digno, operoso, autêntico, interpretando fielmente as legítimas aspirações do povo neste instante de angústias e revolta;, elogiou Jânio em uma oportunidade.
Atos
Foram apenas nove meses com a caneta de prefeito, mas, apesar do pouco tempo, Paulo assinou iniciativas importantes para o crescimento e a estruturação do projeto de JK. A criação da empresa de Transporte Coletivos de Brasília (TCB), a urbanização do Núcleo Bandeirante, a implantação da estrutura administrativa da prefeitura e urbanização da Asa Norte e a contratação de professores de todos os estados para atuar na capital são algumas das medidas tomadas pelo prefeito.
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