Cidades

Apartamentos e quitinetes invadem setores destinados a comércios no DF

Faltam normas sobre o que pode ou não ou quem se responsabilize por coibir as discrepâncias

postado em 23/02/2015 06:00
Roupas estendidas no terraço de o prédio no Setor Policial Sul são a demonstração de que pessoas habitam o local: regras não são claras

Os serviços mecânicos não são o único atrativo no Setor de Oficinas Sul (SOF Sul). Os estabelecimentos do Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan), do Polo de Modas do Guará e até mesmo do Setor de Áreas Isoladas Sul (Sais) também ganharam vizinhos que não deveriam estar ali. A paisagem dessas áreas tem sido alterada nos últimos anos com a proliferação de quitinetes e apartamentos. Em alguns casos, há regras claras para proibir a habitação, em outros, no entanto, faltam normas sobre o que pode ou não ou quem se responsabilize por coibir as discrepâncias.

A ideia de setorizar as áreas da capital veio com a criação de Brasília. Mas as investidas da população somada à pouca fiscalização do governo permitiu as distorções ao longo do tempo. A reportagem do Correio percorreu alguns setores do Distrito Federal e encontrou pessoas morando em áreas destinadas a comércio e serviços. No Setor de Áreas Isoladas Sul (Sais), atrás do Setor Policial Sul e próximo à Sociedade Hípica de Brasília, moradores de um prédio residencial convivem com o movimento diário de clínicas, hospitais veterinários e hotéis para bichos. A legislação permite apenas a construção de unidades policiais e lojas especializadas (veja O que diz a lei).



No prédio residencial próximo à Hípica, há uma faixa com telefone para interessados em alugar o espaço. A reportagem entrou em contato com o anunciante. Durante a ligação, o atendente informou que as quitinetes são divididas em quarto e sala e têm cerca de 30 metros quadrados. O aluguel custa entre R$ 600 e R$ 650 por mês e já inclui o condomínio. Não há cobrança de IPTU. A pessoa interessada pode fechar o contrato sem a intermediação de imobiliária, pois se trata de uma empresa privada, segundo ele. No prédio, há um encarregado para fazer todo o trâmite. O residencial, afirma a pessoa ao telefone, tem mais de 10 anos.

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