Isa Stacciarini
postado em 24/02/2015 17:45
O soldado do Exército Brasileiro preso após roubar um delegado da Polícia Federal, em Águas Claras, com um simulacro de arma de fogo integra a companhia de cerimonal do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP). De acordo o Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, ele não estava na companhia destinada diretamente à segurança do Planalto e da presidente. Além disso, Maikon Gomes da Conceição, 21 anos, é militar do efetivo profissional do BGP. Isso significa que ele não cumpre mais o serviço militar inicial obrigatório de um ano. Para permanecer na função, Maikon encaminhou um requerimento ao comandante pedindo mais tempo para servir às Forças Armadas, segundo a instituição. Todas as solicitações são avaliadas e, se acatadas, os soldados podem permanecer mais do que o tempo de 12 meses do serviço militar obrigatório, como foi o caso dele. No entanto, após cometer o crime de assalto, o militar pode ser expulso da instituição.
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O crime aconteceu por volta das 19h de segunda-feira na Rua Manacá, na Avenida Boulevard, em Águas Claras. Maikon rendeu o delegado da PF, morador da região, identificado apenas como H.W.A.S., 40 anos, quando a vítima circulava pelo endereço. Ele levou o celular e a carteira do policial. Segundo o titular da 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), Alexandre Nogueira, a vítima estava armada, mas só reagiu após o suspeito tentar fugir. ;O delegado correu atrás dele, deu voz de prisão e conseguiu detê-lo. Depois, chamou apoio da Polícia Militar. Na hora da abordagem, a vítima não reagiu e não houve troca de tiros, porque ele preservou a vida de outras pessoas que por ali passavam e até a dele mesmo, inclusive porque não se sabia, até então, se a arma do suspeito era de brinquedo ou não;, esclareceu.
Morador da QNO, em Ceilândia Norte, o jovem tinha usado o metrô para ir até Águas Claras. Maikon foi autuado por roubo que prevê pena de 4 a 10 anos de prisão. Ele não tinha passagem pela polícia. Após ser levado à 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), o suspeito foi conduzido ao Batalhão de Polícia do Exército de Brasília por ser soldado das Forças Armadas. A arma de brinquedo utilizada no crime foi apreendida pela Polícia Civil, além de um casaco com a sigla do BGP.
De acordo com nota do Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, o soldado está preso à disposição da justiça comum.