Jornal Correio Braziliense

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Há mais de meio século, aposentada coleciona peças em forma de coruja

Colecionadora de corujas há mais de meio século, aposentada reuniu um acervo com exemplares para todos os gostos, de papel machê a pingente de ouro, vindos de várias partes do mundo, do Ceará à Rússia

;Esta foi a primeira. Meu filho viu em Copacabana, no Rio de Janeiro. Era da cor do armário da cozinha.; Enquanto conta, Lucy Estrela, 86 anos, exibe a primeira peça da coleção de estatuetas e souvenirs em forma de coruja. O primeiro exemplar não denuncia os sinais do tempo. Verde-esmeralda, de barro, ele se mistura nas prateleiras com os mais diferentes espécimes da ave de rapina moldados pela criatividade humana à imitação da natureza. Já se passaram 52 anos desde o encontro com os olhos grandes do pássaro, em uma loja de lembranças na capital carioca. De lá para cá, o número de companheiras emplumadas passou de mil. A última contagem, feita há dois anos, ostentava pouco mais de 14 centenas dos animais noturnos.



A história de amor começou anos antes de Lucy e os filhos comprarem o primeiro item da coleção. Como grande parte dos que vieram para Brasília no começo da nova capital, ela se lembra exatamente do dia em que chegou aqui. ;Foi em 17 de julho de 1960.; Ela era dona de casa e não tinha ambições de colecionadora. Dois anos depois, o marido morreu em um acidente de carro em Sete Lagoas (MG), atingido por um trem. No ano seguinte, em visita à terra natal com os filhos, enquanto se recuperava da perda, fitou os olhos redondos da estátua. ;Em algum momento, sinto que terei de sair do apartamento para que elas (as estatuetas) fiquem;, brinca.

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