A implantação do setor habitacional Parque da Benção, uma área de 700 hectares entre Samambaia e Recanto das Emas, está em banho-maria. Após o Correio revelar a criação de uma nova área populacional prevista para abrigar até 90 mil pessoas em 24.460 casas, o governo do Distrito Federal (GDF) adiou qualquer decisão sobre o início das obras no local. Se consolidado, o Parque da Benção será o maior setor já destinado ao Minha Casa Minha Vida, programa federal que repassará o dinheiro para o Morar Bem, do governo local.
O registro de parte do terreno destinado ao empreendimento é um passo a mais na implantação de um projeto que já existe desde 2012. Desde então, é objeto de questionamentos, inclusive na Justiça. O secretário de Gestão do Território e da Habitação (Segeth), Thiago de Andrade, garante que todas as etapas foram cumpridas e o empreendimento teve aprovação por completo do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan), no fim do ano passado. No entanto, somente os trechos 1 e 2 foram registrados em cartório nesta semana. A reportagem procurou a Terracap para saber por que as outras duas etapas não foram registradas, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.
O novo setor habitacional, que já está sendo chamado de Rodrigolândia, em referência ao governador, beneficiará, em sua maioria, moradores do DF com rendimentos de até R$ 1,6 mil. Cerca de 80% das casas será destinada a esse público. O restante, para quem tem renda até R$ 5 mil. Segundo Andrade, o registro da área significa um avanço na política habitacional do DF, apesar de não haver previsão para o início das obras. ;É importante porque se cria uma estrutura urbana com planejamento. Mas temos muitas críticas ao projeto e temos que fazer revisões em pontos como mobilidade e conexão entre as cidades;, explicou. A falta de verba seria outro impedimento para a construção do setor habitacional, de acordo com o secretário de Habitação.
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