Jornal Correio Braziliense

Cidades

Lei que restringe horário de funcionamento de bares ainda é polêmica

Especialistas dizem que medida reduz a violência; proprietários contestam

A cena é comum em Brasília. Por volta de 1h, os bares e restaurantes estão lotados, cheios de gente animada, bebendo e se divertindo. Perto das 2h, o público ainda está empolgado, mas a noitada precisa parar. Desde dezembro de 2012, estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas têm o horário de funcionamento controlado (Veja O que diz a lei), o que obrigou a encurtar a diversão. O argumento dado pelas autoridades é de que a medida deixa as ruas mais seguras e reduz a incidência de crimes violentos. Pouco mais de dois anos depois de a norma ser instituída, no entanto, a mudança ainda divide comerciantes e consumidores.

Entre o público jovem, a insatisfação com restrição de horários permanece. ;É muito ruim. Recebo visita de amigos de fora com frequência e, na hora de sair para passear, faltam opções porque tudo fecha cedo;, reclama a servidora pública Mariana Malnati, 29 anos, moradora de Sobradinho. Ela e a amiga Renata Souza, 31, vão a bares com frequência e, desde que a lei limitando o horário de funcionamento entrou em vigor, sentem que a rotina mudou. ;A medida não faz sentido. Em vez disso, o governo tem que garantir segurança durante a noite, até porque não é apenas quem vai para o bar que transita nesse horário;, argumenta Renata.

Outros fregueses, porém, defendem que bares e restaurantes encerrem o expediente mais cedo. ;É um bom limite, não é necessário que esse tipo de local fique aberto a noite inteira. Não atrapalha ninguém;, afirma o comerciante Alcimar Martins, 57 anos, morador da Asa Norte. O amigo e também comerciante Adilson Queiroz, 50, concorda. ;É muito mais seguro assim. Se o pessoal fica até muito tarde, bebe demais e, depois, se envolve em acidentes automobilísticos;, diz.

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