Mulheres vencem luta contra o câncer e são exemplos de superação

Entre vitórias conquistadas e lutas não vencidas, as mulheres sempre mostraram poder diante de batalhas coletivas e individuais. Não só do ponto de vista político ou social, mas também de saúde. O Dia Internacional da Mulher torna-se data importante para lembrar as batalhas diante de doenças especificamente femininas, como o câncer de mama, do colo do útero, de ovário e endométrio. A vontade da cura e a coragem em enfrentar as patologias transformam pacientes em ativistas. No meio, um caminho árduo de dor, autoconhecimento e superação.

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a estimativa do ano passado era de 920 novos casos de câncer de mama no Distrito Federal por ano. Em âmbito nacional, o número poderia chegar a 57.120. O órgão, vinculado ao Ministério da Saúde, não trabalha com a quantidade de diagnósticos, mas com cálculo estimado. De acordo com os dados, o câncer de colo de útero poderia acometer 260 mulheres no DF e 15.590 em todo o país. A estimativa é a mesma para este ano.

Ana Paula Quirino, 37 anos, fez parte dos números. Aos 34, na tentativa de engravidar pela segunda vez, ela recebeu o diagnóstico de câncer uterino. Era carnaval de 2012 quando a fisioterapeuta fez exames pré-concepcionais. Um dos resultados indicou a suspeita que, dias depois, se confirmou. Um tumor maligno, conhecido como adenocarcinoma, se alojou no colo do útero dela. A retirada do órgão ocorreu exatamente em 8 de março. ;Eu tirei o útero no Dia Internacional da Mulher e a data se tornou meu segundo aniversário. Esse bebê que não veio salvou a minha vida. Na tentativa de ter outro filho, eu descobri o diagnóstico;, ressalta ela, que já tinha um filho, hoje com 8 anos.

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Jornal Correio Braziliense

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As histórias passam a ser de medo e mudança, mas também de crescimento