Nos dois primeiros meses deste ano, foram 1.866 ocorrências de lesão corporal ; apenas 13 a menos do que o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Isso significa dizer que, a cada hora, pelo menos uma pessoa é agredida no Distrito Federal. O caso mais recente é o de um agente do Departamento de Trânsito (Detran), espancado depois de abordar um motorista que dirigia sem habilitação e documentação do veículo. Ele teve o dente e o braço quebrados. A agressão ocorreu na noite de domingo, em Ceilândia. Horas antes, uma mulher também apanhou na Asa Norte. Ela havia parado em vaga irregular, trancando outro veículo, o que irritou o dono do carro. Hoje, quem é levado para uma delegacia por lesão corporal, assina apenas um termo circunstanciado e responde em liberdade.
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Com 53 anos, o agente do Detran fazia ronda com outro servidor na QNN 8, em Ceilândia, quando abordou um VW Fusca com três pessoas. O condutor, Guilherme Abreu de França, 23 anos, teria passado pelos agentes pouco antes em alta velocidade. Ao ser questionado sobre a carteira de habilitação e os documentos do veículo, o jovem teria dito que não os tinha e, segundo relato dos agentes à Polícia Civil, se recusou a fazer o teste do bafômetro. Quando os servidores avisaram que o veículo seria levado para o depósito, os três rapazes teriam começado a quebrar o Fusca e Guilherme, segundo a ocorrência, arremessou uma lata cheia de massa de gesso no agente do Detran, que também foi agredido com chutes e socos.
Em seguida, os agressores fugiram com uma lanterna e o celular de um dos agentes. Os policiais foram chamados, mas só conseguiram localizar Guilherme, que estava escondido perto de uma escola. Os outros são foragidos. Na delegacia, o rapaz fez o teste de alcoolemia, que constatou 0,65 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões ; com metade dessa quantidade, o condutor já responde por crime de dirigir alcoolizado. O caso foi registrado na 23; Delegacia de Polícia (P. Sul). Guilherme foi autuado por lesão corporal, furto, resistência e embriaguez ao volante. Até o fim da tarde de ontem, ele permanecia preso na carceragem da Polícia Civil. O agente agredido recebeu atendimento no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
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