Cidades

A cada hora, um caso de agressão é registrado em Brasília

Dois episódios no fim de semana mostram que atos corriqueiros, que poderiam ser resolvidos com diálogo, acabaram em espancamentos. Delegado afirma que há uma "banalização do mal". Uso de tasers por agentes do Detran volta à discussão

postado em 10/03/2015 06:00

Dois episódios no fim de semana mostram que atos corriqueiros, que poderiam ser resolvidos com diálogo, acabaram em espancamentos. Delegado afirma que há uma

Nos dois primeiros meses deste ano, foram 1.866 ocorrências de lesão corporal ; apenas 13 a menos do que o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Isso significa dizer que, a cada hora, pelo menos uma pessoa é agredida no Distrito Federal. O caso mais recente é o de um agente do Departamento de Trânsito (Detran), espancado depois de abordar um motorista que dirigia sem habilitação e documentação do veículo. Ele teve o dente e o braço quebrados. A agressão ocorreu na noite de domingo, em Ceilândia. Horas antes, uma mulher também apanhou na Asa Norte. Ela havia parado em vaga irregular, trancando outro veículo, o que irritou o dono do carro. Hoje, quem é levado para uma delegacia por lesão corporal, assina apenas um termo circunstanciado e responde em liberdade.

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Com 53 anos, o agente do Detran fazia ronda com outro servidor na QNN 8, em Ceilândia, quando abordou um VW Fusca com três pessoas. O condutor, Guilherme Abreu de França, 23 anos, teria passado pelos agentes pouco antes em alta velocidade. Ao ser questionado sobre a carteira de habilitação e os documentos do veículo, o jovem teria dito que não os tinha e, segundo relato dos agentes à Polícia Civil, se recusou a fazer o teste do bafômetro. Quando os servidores avisaram que o veículo seria levado para o depósito, os três rapazes teriam começado a quebrar o Fusca e Guilherme, segundo a ocorrência, arremessou uma lata cheia de massa de gesso no agente do Detran, que também foi agredido com chutes e socos.

Em seguida, os agressores fugiram com uma lanterna e o celular de um dos agentes. Os policiais foram chamados, mas só conseguiram localizar Guilherme, que estava escondido perto de uma escola. Os outros são foragidos. Na delegacia, o rapaz fez o teste de alcoolemia, que constatou 0,65 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões ; com metade dessa quantidade, o condutor já responde por crime de dirigir alcoolizado. O caso foi registrado na 23; Delegacia de Polícia (P. Sul). Guilherme foi autuado por lesão corporal, furto, resistência e embriaguez ao volante. Até o fim da tarde de ontem, ele permanecia preso na carceragem da Polícia Civil. O agente agredido recebeu atendimento no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

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