postado em 10/03/2015 06:12
;O privilégio de estar vendo cada um de vocês aqui não tem preço. Não há ingresso que valha essa energia do bem que vocês estão me passando.; Foi assim, emocionado, que o cantor e compositor Herbert Vianna, líder da banda Os Paralamas do Sucesso, saudou as cerca de 500 pessoas que lhe assistiram, ontem, no teatro do Hospital Sarah Kubitschek. Ele apresentou alguns dos maiores sucessos da carreira para pacientes, acompanhantes e funcionários da instituição, durante pouco mais de uma hora.
O motivo da comoção foi que o próprio Herbert esteve internado no Sarah após sofrer um acidente de ultraleve em fevereiro de 2001, que tirou a vida da esposa dele, Lucy, e o deixou paraplégico, além de ter gerado lesões cerebrais no artista. De cadeira de rodas, boné preto para trás e violão em punho, ele relembrou músicas que fizeram os admiradores cantarem em coro, como Vital e sua moto, Lanterna dos afogados e Alagados.
O bombeiro civil Tiago Guedes, de 29 anos, retirou um tumor do fêmur há uma semana e se recupera no Sarah. Ainda na cama, foi levado ao anfiteatro para acompanhar, vibrante, as canções de Herbert. ;É muito emocionante. Ele é um paciente do Sarah também. Vê-lo cantando, feliz, nos ajuda a lutar pela nossa reabilitação;, comemorou o paciente.
;Não há palavras para descrever a admiração que sinto por vocês;, comentou o músico diante da plateia. A analista de sistemas Carla Sousa, 47, veio de Campinas (SP) para tratar de uma esclerose múltipla. De cadeira de rodas, assim como Herbert, ela se emocionou com a comoção do ídolo. ;Ele também esteve aqui. Sou muito fã dele e da doutora Lúcia, que cuidou de Herbert;, observou.
Os Paralamas do Sucesso tocaram na capital no último sábado e Herbert estendeu a estadia a pedido da neurocientista Lúcia Willadino Braga, presidente da Rede Sarah e responsável pela reabilitação do músico. ;Quando ficam alegres, como ocorreu hoje (ontem), os pacientes acabam liberando o hormônio endorfina, o que ajuda no tratamento deles;, destacou Lúcia. Esta foi a quinta vez que o paralama se apresentou na instituição. A primeira foi ainda na enfermaria do Sarah, em 2001, logo após o tratamento.
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