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Policial e dois ex-servidores são investigados por grilagem de terra no DF

Seja um terreno de R$ 120 mil no Lago Sul, seja outro de R$ 20 mil em Ceilândia. Os grileiros da cidade não escolhem classe social

postado em 12/03/2015 06:03

Com a suposta ajuda de servidores públicos, espaços foram repassados por R$ 120 mil no Lago Sul, mas hoje valem até R$ 500 mil

Três funcionários que ocupavam cargos estratégicos no governo passado são suspeitos de grilagem de terra pública em áreas muito cobiçadas nesse tipo de crime no Distrito Federal. Dois deles trabalhavam na extinta Secretaria de Regularização de Condomínios (Sercond) e já foram indiciados: o adjunto da pasta, Fernando Negreiros, teria recebido uma caminhonete de R$ 90 mil para emitir um documento favorecendo o parcelamento irregular Mini-Chácaras do Lago Sul Quadras 4 a 11. O outro funcionário não teve o nome divulgado. Em episódio diferente, um policial militar é citado em um inquérito que investiga diversas invasões em Ceilândia. Atualmente subcomandante do 11; Batalhão da PM, major Carlone Batista era gerente de condomínio na administração regional da cidade quando surgiu a ocupação Nova Jerusalém, no Sol Nascente.


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Investigações policiais descobriram o envolvimento de Fernando Negreiros, que também ocupava o cargo de secretário executivo do Grupo de Aprovação e Análises de Projetos de Parcelamentos (Grupar), e de um outro ex-servidor da Sercond no esquema de venda de lotes irregulares. Negreiros seria responsável por emitir um documento que reconhecia o Mini-Chácaras do Lago Sul Quadras 4 a 11 como um parcelamento já consolidado. Em troca, teria recebido um veículo avaliado em R$ 90 mil do síndico, Ricardo Alda Lima. Esse atestado emitido pelo governo pode favorecer o condomínio no processo de regularização ou dar mais credibilidade na hora da venda.


O síndico do Mini-Chácaras do Lago Sul Quadras 4 a 11 era o responsável por negociar os lotes. Em muitos casos, recebia veículos pela compra do terreno e repassava a uma agência da Cidade do Automóvel para revenda. Um deles, no entanto, foi parar nas mãos do ex-secretário. ;Eles tentaram passar para o nome de Negreiros, mas a tentativa foi frustrada. Por isso, usaram o outro servidor;, contou o delegado-chefe da Dema, Ivan Dantas.

A Operação Revelação, desencadeada na madrugada de ontem pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), tinha o objetivo de investigar a participação de servidores no esquema de venda de lotes irregulares e levou os indiciados a prestarem depoimento. Eles não foram presos, mas o síndico vai responder por lavagem de dinheiro e corrupção ativa; o ex-servidor e Fernando Negreiros, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. De acordo com Dantas, o ex-secretário deve se apresentar em outro momento para depor.

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