O ato contra o governo da presidente Dilma Rousseff, que reuniu cerca de mais 50 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, foi dominada por pedidos de fim da corrupção no Brasil. Porém, grupos minoritários pediam a intervenção militar.
Marcos Fardel protestou neste domingo em prol do que ele chamou de "intervenção militar constitucional". De acordo com o ele, que veio do Rio de Janeiro para participar do ato na capital, a reivindicação se justifica por meio dos os artigos 142 e 144 da Constituição, que assegurariam a ação dos militares na política.
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[SAIBAMAIS] No entanto, o artigo 142 da Constituição expressa que as Forças Armadas ;são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem;.
Por sua vez, o artigo 144 versa sobre as obrigações do Estado no que se refere à segurança pública.
O grupo a favor da intervenção não foi bem recebido pela maioria dos manifestantes, que gritavam em negação às demandas intervencionistas. No Rio de Janeiro, um jovem foi vaiado e xingado durante a manifestação contra a corrupção, em Copacabana. O estudante de engenharia Aramis Farias foi hostilizado pelos demais participantes do ato, que o acusaram de ser "infiltrado do PT".