Jornal Correio Braziliense

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Cemitério de 200 anos em Cristalina corre risco de ser engolido por lavoura

Segundo o governo municipal, não haverá mais sepultamentos. Enterros ocorrerão em município vizinho

Nem os mortos têm descanso na Fazenda do Manga, zona rural de Cristalina (GO). O impasse dura 10 anos e o pequeno cemitério bicentenário corre o risco de ter seu espaço tomado pelo cultivo de soja. À frente de uma mata, que protege um córrego, as cruzes e os túmulos estão danificados. Foram destruídos pelo gado que pastou no local antes da safra. Ali, estão enterradas muitas gerações de goianos. Antônio Teodoro de Matos, 72 anos, luta para preservar a história do Cemitério do Manga.



Neri e o filho Rafael Amorim da Silva se manifestaram pelo advogado da família, Nadimir Kaiser de Oliveira. Por telefone, o defensor disse que a área foi doada para a prefeitura há 20 anos e que, durante esse tempo, ficou abandonada. ;Ele vai cercar para o cemitério exatamente a área combinada. (Neri) Estava esperando a colheita terminar, o que aconteceu há duas semanas;, garantiu o advogado. Os moradores da zona rural ainda acusam o fazendeiro de não ser dono da terra onde está o cemitério. ;Ele foi chegando e pegando a terra aos poucos. Hoje, está engolindo as catacumbas;, afirmou o agricultor Osvaldo Alves de Souza, 59 anos, que tem boa parte da família sepultada no local. O advogado rebate as suspeitas. Segundo ele, os proprietários têm escritura do terreno que aponta a área total de 505 hectares (o que equivale a 505 campos de futebol oficiais). ;Ele, de fato, é dono. Temos a documentação que mostra isso;, contestou Nadimir.

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