O Instituto João Goulart, responsável pela construção do memorial em homenagem ao presidente deposto pelo regime militar em 1964, pediu uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre os protestos contra o monumento. A notícia crime entregue pede ;apuração das circunstâncias e responsabilidades em torno do movimento articulado que ameaça provocar atos de violência e danos ao patrimônio;. Os protestos surgiram após o Correio revelar que tapumes cercam o terreno onde será erguido o Memorial Liberdade e Democracia Presidente João Goulart, ao lado da Praça do Cruzeiro. A ocupação do espaço gerou movimentos contrários que prometem se manifestar para impedir a obra.
No documento entregue à PF em 31 de março, representantes do instituto alegam que ;a evidente incitação à violência com associação de várias pessoas para a derrubada dos tapumes da obra, de modo a coincidir com as manifestações políticas hostis ao governo federal, revela uma atitude irresponsável e criminosa;. O texto reforça também a legalidade das autorizações para a construção do memorial. Procurada, a diretora do Instituto João Goulart preferiu não comentar mais o caso. O ex-secretário de Cultura do Distrito Federal (DF) Silvestre Gorgulho é citado no documento e disse que prefere não comentar o caso. ;A cidade rejeita o memorial e já abraçou a nossa causa. Estou do lado certo;, diz.
O terreno no qual deverá ser erguido o monumento em homenagem ao presidente deposto pelo regime militar em 1964 era do Arquivo Público na década de 1990. Alguns opositores ao projeto alegaram, também, que o espaço havia sido destinado à construção de um memorial para ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Discussões à parte, o governo cedeu, em 2013, a área para o Instituto João Goulart. O Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) permitia o loteamento para fins culturais da parte oeste do Eixo Monumental, mas o local era considerado um ponto polêmico e a proposta foi retirada do projeto no ano passado para discussão. O único item de acordo dentro do governo seria a área do memorial.
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