Cidades

Moradores denunciam desabrigados por perturbação em quadra da Asa Sul

De acordo com o prefeito da quadra, Claudio Vitório, os 'vizinhos' usam drogas e fazem sexo na calçada

postado em 16/04/2015 17:00
Moradores de rua na 306 Sul
Acampados sob uma marquise há seis meses, desabrigados intimidam moradores da 306 Sul, que os responsabilizam por pequenos furtos na quadra. De acordo com o prefeito do local, Claudio Vitório, 48 anos, os ;vizinhos; também usam drogas, fazem sexo na calçada e defecam no local. Em dias de chuva, o grupo, que busca abrigo, chega a somar 20 pessoas.



Segundo o relato dos moradores, a Polícia Militar, quando acionada, revista os mendigos. A ação policial, contudo, não surte efeito, uma vez que, para Claudio, a segurança da quadra continua comprometida. "Já acionei a Administração Regional, mas ninguém consegue conter essa invasão", desabafou. Com colchões, barracas e bebidas, os moradores de rua passam os dias e noites no local ; algumas crianças fazem parte do grupo.

A Polícia Militar informou que faz rondas na quadra, porém não tem prerrogativa para retirar os moradores do local. Em nota, a corporação ressaltou que só pode atuar mediante a flagrante delito, como o caso de tráfico de drogas ou outros crimes.

Também por meio de nota, a Administração Regional de Brasília alegou que reconhece o problema e encaminhou as reclamações à PM. O governo afirmou ainda que na quarta-feira (15/4), a PM realizou uma ação no local, mas não foi encontrada nenhuma irregularidade. A administração destacou que encaminhou a demanda para a Subsecretaria de Estado da Ordem Pública e Social do Distrito Federal (SEOPS). Ao Correio, a subsecretaria informou que vai fazer uma vistoria no local nesta sexta-feira (17/4). Posteriormente será realizada uma reunião entre a Administração de Brasília, Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar para apurar a melhor forma de resolver a questão.

Abrigo
A Asa Sul tem um abrigo para atender a população em situação de rua, na 903 Sul. Fundado em 2012, o local atende moradores de rua que estão no Plano Piloto, Lago Sul e Lago Norte, Sudoeste e Cruzeiro, áreas nobres da cidade que concentram mais de 30% da população de rua, segundo pesquisa da Universidade de Brasília (UnB). A unidade, no entanto, funciona apenas durante o dia, em horário comercial.

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