postado em 19/04/2015 16:29
As comemorações do aniversário de Brasília, que será lembrado terça-feira (21/04), começaram no fim de semana. O feriado, somado ao Dia do Índio, comemorado hoje (19), contribuiu para aumentar o movimento dos espaços de lazer tradicionais da capital. O Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Eixão do Lazer, a Esplanada dos Ministérios e a Torre de TV foram alguns dos espaços mais frequentados. Mesmo fora da programação oficial do aniversário da cidade, não faltaram eventos para os brasilienses no dia de hoje.
Após um sábado com manhã chuvosa, o domingo começou ensolarado, atraindo os moradores para os espaços ao ar livre. No Parque da Cidade, que ocupa toda a extensão sul de Brasília, em uma praça à sombra de árvores com enfeites coloridos pendurados nos troncos, o Grupo Cultural Batukenjé apresenta o som de tambores. A preparação do grupo atrai quem corre, anda de bicicleta ou passeia por perto.
[SAIBAMAIS]"Sempre temos um público bom, mas com o feriado, esperamos casa cheia", diz o idealizador e coordenador-geral do grupo, Célio Zidorio, o mestreCelin du Batuk. O grupo surgiu na Finlândia, em 2006, onde Zidorio morou por três anos. A proposta era ensinar percussão de ritmos brasileiros. De volta ao Brasil, o grupo se fortaleceu na capital.
O ensaio aberto ocorre todos os domingos de manhã e, para se juntar ao batuque, basta entrar em contato com o grupo nos dias anteriores. Não há limite de idade. Bruno, de 6 anos é o integrante mais novo. Ele participa pela primeira vez do conjunto. Olha para os lados para acompanhar o movimento, mas não deixa as baquetas paradas.
Perto dali, há o projeto Música na Árvore, com música ao vivo e, especialmente em comemoração ao Dia do Índio, é mostrada pintura ao vivo pelo artista brasiliense Renato Moll. O projeto existe há dois anos e meio. Quinzenalmente apresentam-se, sob a sombra de uma árvore, os músicos Geraldo de Carvalho e Mario Noya. Além deles, há um músico convidado. Hoje foi a vez de Cristiano Assis.
O objetivo é ocupar o espaço público. "É um coletivo que busca dar visibilidade à música autoral de Brasília. Hoje, aos 55 anos, acho que a cidade amadureceu bastante. Temos uma diversidade cultural", avalia o produtor do Música na Árvore, André Trindade.
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Além dos locais com programação musical, as quadras de esporte e as pistas de corrida e para bicicletas ficam cheias, além dos parquinhos para as crianças. Maria Avelina Pereira aproveitou o feriado e levou a nora e a neta para brincar no parque Ana Lídia, dentro do Parque da Cidade, famoso pelo brinquedo em forma de foguete. Com uma toalha para estenter no chão, ela procura uma sombra para se esconder do sol. "A gente corre muito e acaba não tendo tempo, no feriado é mais fácil sair de casa e vir aqui". Ela mora na Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília.
Houve também quem tenha aproveitado o feriado para conhecer os pontos turísticos da capital. O elevador da Torre de TV, que dá acesso a uma vista panorâmica da cidade, estava, durante a manhã, com uma fila duas vezes maior do que nos demais domingos, segundo os responsáveis pelo local. Aline de Paula, uma das que enfrentaram a fila, avaliou: "valeu a pena, foi incrível". Ela é de Vila Velha (ES) e está na capital a passeio. Depois de conhecer a cidade, encantou-se, "quero fazer concurso público e morar aqui", diz.
Na Esplanada dos Ministérios, no Museu Nacional da República, Jorge Alex Neri e Gilma Lima podiam ser facilmente confundidos com turistas, pela máquina fotográfica que Neri levava no pescoço. "Não somos, moramos aqui", explica Gilda. "Gostamos de conhecer a nossa própria cidade, de passear, tirar foto. Tem gente que mora aqui e não conhece. Se não tem ninguém para falar bem de Brasília, a gente fala", sorri.
Outro evento que atraiu os brasilienses na manhã de domingo foi a Feira Livre, nas quadras finais do Eixão Norte, avenida aberta para pedestres nos domingos e feriados até as 18h. A feita reúne artesãos, artistas e vendedores, além de oferecer uma programação musical e cultural. Quem passa por ali, pode testar as habilidades em um tecido suspenso, fitas de slckline e bambus. Há também foodtrucks e outras barracas de comida.