Cidades

PF encontra selos da União em apartamento de advogado na Asa Norte

Investigadores apuram a denúncia de falsificação de documentos

postado em 24/04/2015 21:55

O advogado Marcelo Bulhões prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, durante uma hora, nesta sexta-feira (24/4). Ele ficou na sede da PF durante quatro horas. Mais cedo, um grupo antibomba entrou no apartamento do advogado, na quadra 104 da Asa Norte, durante uma operação contra falsificação de documentos.




[SAIBAMAIS]Em entrevista, o defensor de Bulhões, Ariel Foina, descartou a hipótese de terrorismo. "Não era ameaça de bomba. Os agentes apreenderam papéis com o símbolo da união. O inquérito em nenhum momento fala em terrorismo", alegou Foina.

O mandado judicial foi emitido pela 10; Vara Criminal Federal. Marcelo Bulhões pode responder na Justiça por ferir o Artigo 296, parágrafo 1; do Código Penal, que refere-se à falsificação de documentos. O suspeito é especialista em direito internacional e atuava na área de imigração e direitos humanos.

Macelo tem um escritório particular dentro do apartamento na 104 Norte. Policiais federais, acompanhados do representante da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), Mauro Lustosa, entraram no escritório dele nesta manhã. Uma lei proíbe que policiais entrem em escritórios de advocacia sem um integrante da OAB.

Mulçumano
Pelas redes sociais, Marcelo Bulhões dos Santos, faz questão de exaltar a religião e os comportamentos muçulmanos. Ele tem 1 mil seguidores e vídeos em vários idiomas direcionados a religiosos do Islã. Numa foto postada em rede social, o advogado aparece com a presidente Dilma Rousseff. Na legenda, o advogado afirma que a foto foi tirada quando ele trabalhava na Casa Civil da Presidência da República.

A assessoria de imprensa do órgão, no entanto, afirma que não existem registros oficiais de que ele tenha trabalhado diretamente na Casa Civil. Marcelo teria sido lotado na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Porém, a PF afirmou que a ação desta sexta-feira não tem relação com o passado dele.

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