Cidades

Servidores pioneiros na capital participaram da história de Brasília

Funcionários públicos que saíram das cidades onde moravam para fazer parte da história da nova capital contam suas histórias. Ficaram por aqui, criaram família, fizeram amigos e hoje não trocam o DF por nada

postado em 26/04/2015 08:00

Funcionários públicos que saíram das cidades onde moravam para fazer parte da história da nova capital contam suas histórias. Ficaram por aqui, criaram família, fizeram amigos e hoje não trocam o DF por nada

Sentados no banco ao lado do Bloco B da 306 Sul, Alcides e Alexandre têm muito o que lembrar sobre o ano de 1960. Funcionários públicos, cariocas, jovens e apaixonados pela boemia do Rio de Janeiro, eles foram transferidos para a capital do país para dar início às atividades políticas da cidade nova. Contrariados, eles vieram. Alcides, ex-servidor da Câmara dos Deputados, chegou de avião. Alexandre, que trabalhava em um ministério, veio espremido com a família de carro. Não queriam arriscar o destino em uma cidade ainda em construção, mas hoje, 55 anos depois da inauguração da nova capital, eles não imaginam a vida longe dos traços de Oscar Niemeyer.

Alcides e Alexandre nunca tinham se visto nas ruas do Rio de Janeiro. Mas bastou a transferência para o Distrito Federal para que se tornassem amigos. Hoje, eles têm orgulho em lembrar que fizeram parte da história da cidade. Quando chegaram, eram poucas as construções. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) foi o primeiro órgão criado e era responsável por recepcionar os novos servidores públicos da capital, junto de um Grupo de Trabalho de Brasília. Alguns documentos da época estão bem guardados e conservados no Arquivo Público do DF. Carteiras de trabalho e requisições do então prefeito Paulo de Tarso figuram entre os papéis.

Alcides Martins Toledo, 88 anos, é uma memória viva de como o governo federal teve início em Brasília. A carreira dele começou em 1946, quando ingressou na Câmara, ainda no Rio de Janeiro. Contou com uma ajudinha especial. ;Meu pai era servidor do Ministério da Justiça, e o Tancredo (Neves), ministro na época, me arrumou o emprego;, conta, orgulhoso. Alcides entrou na Casa para trabalhar na faxina e logo foi promovido a ascensorista. ;Eu ficava no elevador da Presidência. Conhecia todos os deputados.; Quando Alcides recebeu o convite para embarcar rumo a Brasília, a dúvida foi grande. ;Eu não queria, mas tive que vir.;

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