O novo colaborador do Ministério Público Federal na investigação da Operação Caixa de Pandora, Luiz Paulo Costa Sampaio, vai prestar outros depoimentos sobre o caso. Até agora, ele já se reuniu duas vezes com o procurador responsável pelo processo. Mas, até conquistar os benefícios da delação premiada, ele terá que assumir participação nos crimes, comprovar as declarações e trazer informações inéditas. O depoimento de Sampaio, revelado ontem pelo Correio, movimentou o meio político do Distrito Federal. Ele afirmou ao MPF que o delator do escândalo, Durval Barbosa, teria outros vídeos além dos revelados aos procuradores.
Advogados de políticos e empresários acusados de envolvimento com o esquema de pagamento de propina vão acompanhar de perto as novas declarações de Sampaio, que é ex-gerente da Codeplan e antigo aliado de Durval. Para eles, a delação premiada do ex-secretário do GDF, que culminou na cassação do ex-governador José Roberto Arruda, não poderá servir como prova, caso fique comprovado que Durval mentiu ao Ministério Público. Margareth Almeida, advogada do delator, refuta as acusações de Luiz Paulo Sampaio. Ela ressalta que a delação foi feita dentro dos limites legais e desqualifica o depoente. ;Ele não tem nenhuma credibilidade.;
Nos depoimentos ao procurador regional da República Ronaldo Albo, Sampaio trouxe novas histórias sobre o escândalo de corrupção. Ele afirma que Durval fez outras gravações além das apresentadas à Justiça. Em uma delas, apareceria o atual líder do PSD na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso ; ele não soube afirmar, porém, o teor da gravação. Contra o deputado, ele cita uma suposta ingerência de Durval no GDF em 2010, quando Rosso era chefe do Executivo local e teria nomeado pessoas próximas ao delator em cargos de confiança.
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