A onda de aproveitar os espaços de Brasília para fazer festas, eventos e reunir amigos já se consolidou na capital. Esses encontros, proporcionados pelos amplos espaços que a cidade oferece, estão cada vez mais democráticos ; gratuitos ou com preços acessíveis ao bolso de qualquer brasiliense. Vale quase tudo na hora de se divertir nas superquadras, nos parques ou em meio aos monumentos. A nova modalidade de diversão exige, entretanto, planejamento, articulação com o governo e mobilização do poder público para minimizar os transtornos e impactos negativos na cidade.
Organizar o trânsito, oferecer transporte público e garantir a segurança dos frequentadores são atribuições das autoridades para que o movimento de ocupação dos espaços públicos cresça e atraia cada vez mais gente; e sem reclamações. Uma das principais queixas está ligada aos congestionamentos e falta de vagas. Para isso, o diretor de Policiamento e Fiscalização do Departamento de Trânsito (Detran), Silvaim Fonseca, informa que há um esforço conjunto da Secretaria de Segurança Pública para evitar transtornos. ;Temos sempre procurado antecipar os fatos para montar um planejamento adequado. Nossa engenharia avalia cada caso e reconhecemos que alguns devem ser repensados, já não podem mais ser realizados em certos lugares;, comenta.
Há 15 dias, a realização de uma festa no Jardim Botânico provocou a reação de frequentadores do espaço. Eles reclamaram da estrutura montada na área de proteção ambiental e de estragos provocados pela concentração de veículos e de pessoas no local. A festa, no entanto, foi autorizada pela administração do Jardim Botânico. O diretor executivo do local, Jeanitto Gentilini, explicou que o Plano Diretor do espaço permite esse tipo de evento. ;Faz parte da estratégia para atrair o mais diversificado público e investimento. Foi uma festa corporativa, eles trouxeram a ideia;, explica.
Gentilini informou que ele próprio emitiu o documento, indicando todas as restrições para a realização de uma festa dentro dos limites do Jardim Botânico. Segundo ele, o evento aconteceu nos 500 hectares previstos para as mais diferentes atividades, onde já existe um restaurante, por exemplo. Os outros 4,5 mil hectares de proteção integral, parte da reserva ecológica, ficaram intactos, como previsto.
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