Cidades

Morador de Ceilândia campeão de jiu-jítsu tenta ajuda para competir nos EUA

Campeão brasileiro infantojuvenil de jiu-jítsu, Pedro Henrique Costa, de 15 anos, recorre a amigos e parentes para ir à Califórnia disputar o campeonato mundial da categoria, no fim de maio

postado em 28/04/2015 06:05

Pedro Henrique costumava se meter em confusão na escola antes de descobrir o jiu-jítsu: 15 horas semanais de treino

A indisciplina e a ansiedade faziam parte da rotina de Pedro Henrique Costa, 15 anos, antes de ele se encontrar no esporte. Constantemente, a mãe do menino, a estudante Leilane Maia Costa, 33 anos, era chamada na escola do filho por conta de problemas de comportamento e desavenças com colegas. Mas, há pouco mais de três anos, o jiu-jítsu mudou a vida do garoto. Campeão brasileiro infantojuvenil na modalidade, ele coleciona 38 medalhas e dois cinturões. Em 3 e 4 de maio, Pedro participa novamente do campeonato brasileiro, desta vez, na categoria juvenil. Além disso, em 12 de maio, ele embarca para os Estados Unidos para um período de preparação até o campeonato Mundial, na Califórnia, em 27 de maio.

Para continuar trilhando o sonho, porém, o adolescente ainda precisa arrecadar fundos para custear a passagem, o transporte e a alimentação no exterior. Para garantir um lugar na competição, a família fez um empréstimo com um amigo, que dividiu a passagem de avião no cartão de crédito.

O sonho de Pedro é poder chegar aos torneios do Ultimate Fighting Championship, o UFC, uma organização que produz competições ou exibições de artes marciais mistas. E os familiares dele apostam todas as fichas no garoto. Tanto é que já sacrificaram as finanças para pagar inscrições em diferentes disputas. ;Apertamos daqui, apertamos dali, mas fazemos o possível para que ele persista;, garantiu o pai do menino, o vigilante Gleudes de Souza Costa, 40 anos. ;Quando ele viaja para outras cidades do Brasil, temos pessoas que o ajudam e somos muito gratos a elas. Acontece que competições internacionais são mais caras. Por isso, precisamos de alguém para apoiá-lo;, completou. Gleudes trabalha na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pretende rifar o quimono do rapaz para conseguir dinheiro para ajudar o filho.

Pedro considera que no cenário do Distrito Federal ainda faltem patrocinadores engajados em incentivar novos talentos do esporte. Mesmo assim, não pensa em desistir da caminhada. No ano passado, ele participou de um campeonato de jiu-jítsu em Las Vegas, onde foi campeão em duas categorias (submission e com quimono). Na última viagem, a mãe pôde acompanhá-lo, e eles passaram quatro dias na cidade americana. Agora, o atleta vai sozinho. ;Estou apreensiva, ansiosa, mas feliz, pois sinto que ele tem condições de chegar aonde quer;, justificou Leilane.

Quando regressar a Brasília, o adolescente pretende se matricular no muay thai para se especializar ainda mais nas artes marciais. No jiu-jítsu, atualmente, ele está na faixa azul, mas busca alcançar a faixa preta na modalidade. ;Quero melhorar cada vez mais para que, um dia, quem sabe, possa treinar, por exemplo, com o José Aldo, que é meu ídolo;, revelou o atleta, ao se referir ao lutador brasileiro do UFC.

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