Criada para ser uma área ampla de lazer a toda a população da cidade, a margem do Lago Paranoá tornou-se, ao longo dos anos, muito mais uma extensão de terrenos privados. Hoje, quem se arrisca a chegar ao espelho d;água encontra poucos acessos sem qualquer infraestrutura. Em março, o governo anunciou a desocupação da orla após assinar acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A ação, em cumprimento a sentença de 2011 que condenou o governo, teria início em 4 e 5 de maio, mas os moradores das casas afetadas conseguiram na Justiça uma liminar para suspender temporariamente a derrubada.
Grupos de defesa do Lago Paranoá apontam a existência de 15 acessos ao espelho d;água, que tem 37,5 quilômetros quadrados. São oito do lado sul, entre eles a Prainha, ao lado da Ponte JK e a Ermida Dom Bosco. No lado norte, há outros sete, que incluem o Piscinão do Lago Norte e a Concha Acústica, por exemplo. Parte das entradas pertence a parques vivenciais ou ecológicos. Outros não têm estrutura para receber os frequentadores. A reportagem visitou alguns desses lugares.
O Piscinão do Lago Norte, aponta Marcelo Ottoni, integrante do Movimento Ocupe o Lago, é um dos pontos mais críticos em termos de infraestrutura. Centenas de pessoas frequentam o local nos fins de semana e não há qualquer apoio aos banhistas. O espaço não conta com banheiros, área coberta nem oferece mesas e cadeiras para quem deseja passar algumas horas de lazer no lago. Das lixeiras existentes, algumas estão quebradas ou não dão conta da grande quantidade de lixo. A equipe do Correio visitou o Piscinão na última quarta-feira e os resíduos do fim de semana ainda estavam lá.
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