As empresas fantasmas criadas para dar base a um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro para financiamento de campanhas eleitorais no Distrito Federal aparecem em negócios de diversos setores. O grupo investigado pela Polícia Civil criou estabelecimentos como padarias, lojas de material de construção, transportadoras, óticas e até uma construtora. A teia empresarial revela uma quadrilha ampla com mais de 30 laranjas que emprestam o nome para as fraudes com empréstimos no Banco do Brasil. Os prejuízos são estimados em mais de R$ 100 milhões.
A deputada distrital Telma Rufino e o ex-presidente do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) Marco Antônio Campanella, ambos do Partido da Pátria Livre (PPL) são suspeitos de serem beneficiados pela fraude, por meio do ingresso do dinheiro na campanha eleitoral do ano passado. As próximas fases da operação Trick podem ainda revelar outros nomes do mundo político.
A investigação conduzida pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) apontou que 55 empresas de fachada foram criadas com o intuito de adquirir empréstimos ao Banco do Brasil. Com um CNPJ, a empresa falsa conseguia um financiamento que nunca era quitado. As operações variavam entre R$ 800 mil e R$ 1,4 milhão. Os mentores, segundo os investigadores da Polícia Civil, eram o empresário Rogério Gomes Amador e Edigard Eneas da Silva. O último nomeado no governo passado como subsecretário de Qualificação e Capacitação Profissional da Secretaria do Trabalho do DF.
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