Não brigue, lute. Essa era a frase escrita na bermuda de Jorge Victor Valente, 17 anos, um dos alunos do projeto social Lutando por uma vida melhor. “Quando eu entrei aqui, só pensava em poder brigar na rua. Hoje, aprendi que a luta é uma arte”, afirma o estudante do ensino médio ao elogiar o trabalho idealizado e desenvolvido pelo cabo da PM Ricardo Alexandre Rodrigues. O projeto começou a ser implementado em janeiro de 2010 e oferece aulas gratuitas de muay thai para a comunidade do Guará.
São cerca de 100 alunos e todos têm histórias especiais para contar. Muitos deles se mostram agradecidos por terem vencido problemas que vão desde sedentarismo até falta de coordenação motora e depressão. O cabo Alexandre, como é conhecido pelos beneficiados, descobriu a paixão pelo muay thai em 2005. É graduado pela Liga Carioca de Muay Thai. “O mais interessante de tudo é vê-los conquistando algo que nunca imaginavam que poderiam conquistar”, relata.
Ao falar do projeto, o professor não esconde a satisfação em dedicar o tempo para quem precisa. Para ele, evitar que os jovens tenham influência da criminalidade é crucial para a construção de um cenário social pacífico. “Já tive alguns alunos que chegavam drogados às aulas. Mas, com o tempo, percebi que a dedicação pela luta fez com que o comportamento deles mudasse completamente”, orgulha-se. As aulas ocorrem no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará 2, em um espaço cedido pela corporação. Inicialmente, a ideia era atender somente jovens de 12 a 17 anos da comunidade. Depois, alguns pais se interessaram pelo trabalho e também participam.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.