Nos últimos 10 anos, os distritais apresentaram 32 projetos de lei com a intenção de criar conteúdos obrigatórios. Nesta legislatura, já foram quatro proposições. Uma delas inclui o combate à pedofilia como matéria opcional da grade curricular. Outro dispõe sobre a inclusão do ensino da música. O terceiro obriga a adoção de saúde bucal como pauta indispensável das escolas. E o último fala sobre a inclusão do tema valores familiares.
Pedagogia
O especialista em educação Célio da Cunha, da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), acredita que a inclusão de novas disciplinas é constitucional, mas é contra parlamentares legislarem sobre o cronograma escolar. ;O currículo brasileiro já tem um número excessivo de disciplinas, que pedagogicamente não se sustentam mais. Não há necessidade de criação de disciplinas: temas relevantes para a formação dos estudantes podem ser contemplados nos eixos transdisciplinares, definidos em cada escola, de acordo com a realidade;, justifica o especialista.
Afonso Celso Danus Galvão, professor do programa de doutorado em educação da Universidade Católica, também é crítico da iniciativa dos deputados. ;A maioria é ignorante sobre o assunto, mas inventa projetos ilegais para tentar mostrar serviço. Eles não têm conhecimento, qualificação e formação necessários, mas se intrometem na educação, que já é caótica;, comenta o especialista. ;Essa divisão dos conteúdos em disciplinas é superada. E se todos os projetos sobre o tema fossem aprovados, os alunos teriam que passar pelo menos 20 horas em sala de aula.;
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