Ailim Cabral
postado em 18/05/2015 08:11
A associação das Cooperativas e permissionárias de transporte público coletivo faz um protesto na manhã desta segunda-feira (18/5). Cerca 40 microônibus, todos veículos reserva, rodam em torno do Palácio do Buriti, sem parar o trânsito. Desde as 7h30, eles tentam chamar atenção do governo para os direitos das cooperativas. A principal reclamação é a falta de verba para o setor.Por meio de nota, a associação afirmou que os valores da passagens das cooperativas estão congelados desde 2008. ;Nestes anos anos, houve seis aumentos de salários dos motoristas, cobradores e funcionários de garagem/administrativo, além de mais de 30 reajustes dos combustíveis;, diz o documento. Os representantes da entidade consideram a situação caótica. ;Isso deu-se por inércia do poder público que nos anos anteriores e até o presente momento, não tomaram qualquer medida com o intuito de solucionar o problema;, descreve a assessoria no documento.
A categoria pede ainda o fim da tarifa técnica, valor pago pelo Estado para complementar a remuneração das concessionárias de transporte público. Se o valor da tarifa técnica da passagem de uma grande empresa é R$ 4,25, mas o valor da passagem repassado ao usuário é de R$ 1,50, o governo paga o valor de R$ 3,25 para a empresa. Assim, o passageiro acaba pagando a passagem duas vezes: de forma direta e por meio dos impostos.
O diretor da Cooperativa de Transportes do Distrito Federal (Cootarde), Davino Alves Cavalcante, acredita que a prática onera o Estado e o próprio usuário. Ele reclama também dos reajustes concedidos às grandes empresas nos últimos anos enquanto as cooperativas rodam desde 2008 sem reajuste tarifário. ;Eles querem quebrar as cooperativas;, acusa.
Davino ressalta que a manifestação é pacífica e que não pretende fechar vias ou causar transtornos. ;Sabemos que o usuário da via não tem culpa de nada disso. Não tiramos nenhum veículo de circulação para fazer o protesto;, completa.
As cooperativas de transporte operam com 500 ônibus e micro-ônibus em todo Distrito Federal. Empregam diretamente cerca de 3 mil funcionários.
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