Jornal Correio Braziliense

Cidades

Segundo caso de morte por febre amarela é confirmado no Distrito Federal

O paciente morreu em 19 de maio e, segundo a Secretaria de Saúde, não contraiu a doença no DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, nesta quinta-feira (21/5), o segundo caso de morte por febre amarela na capital. Iran Luna Machado Junior morreu na terça-feira (19/5), após uma breve internação no Hospital Santa Luzia. Ele foi enterrado ontem, na capela 9 do cemitério Campo da Esperança, por volta de 16h, acompanhado de amigos e familiares.

Parentes dele fizeram uma campanha para estimular a doação de sangue, recentemente, pelas redes sociais. O mesmo instrumento foi utilizado para divulgar a morte dele. Iran teria visitado a cidade de Luis Alves, em Goiás, às margens do Rio Araguaia. O local fica a 569km de distância do Distrito Federal, e o brasiliense teria ido até lá para pescar.

De acordo com a SES, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) investigou o caso assim que o paciente foi internado no hospital, chegando à conclusão de que ele não contraiu a doença em Brasília. A reportagem entrou em contato com a família da vítima, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O Hospital Santa Luzia confirmou que o paciente esteve internado no local, mas não deu mais detalhes.

A febre amarela é transmitida por meio da picada de um mosquito silvestre (em florestas) e pelo mosquito Aedes Aegypti infectado - o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya. O período de incubação varia de três a seis dias. A vacinação contra a febre amarela está disponível nos centros e postos de saúde do Distrito Federal.

Os sintomas são semelhantes aos de uma gripe. O vírus se espalha pelo corpo, provoca febre, amarelão na pele e nos olhos, dores de cabeça e no corpo e calafrios. Pode atacar o fígado e os rins e o portador passa a ter crises de vômitos e diarreia. Com o agravamento, pode haver diminuição ou ausência de urina, sangramentos e confusão mental.

Prevenção

De acordo com a Secretaria de Saúde, a vacina deve ser administrada aos nove meses de idade, com um reforço aos quatro anos, e para adultos, a aplicação ocorre em dose única e tem nível de proteção próximo a 100%. O período recomendado de imunização é a cada 10 anos. A pessoa que nunca recebeu a vacina e vai viajar para as áreas de risco deve se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência. A vacina é contraindicada para gestantes, portadores de HIV, leucemia e linfoma, pacientes em quimioterapia e radioterapia ou alérgicos a ovo.

Com informações de Marina Adorno