Cidades

Primeiras-damas debatem câncer de mama na Câmara dos Deputados

Médicos, especialistas e, claro, as esposas de governadores e prefeitos se reuniram para debater o panorama da doença no país e como elas poderiam ajudar

postado em 27/05/2015 19:41
;Já que o palco tá vazio eu vou aproveitar pra vender meu peixe;, disse uma senhora loira, vestida de rosa-choque da cabeça aos pés, nesta tarde de quarta-feira (27/5). Ela se dirigia a plateia de vinte pessoas, mas que crescia a cada momento, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Por ;vender o peixe;, Tânia Gomez quis dizer ;promover sua organização;, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), da qual é vice-presidente. Hoje ocorreu a IV Conferência Nacional de Primeiras-Damas em Brasília, promovida pela federação.

Gomez explicava a campanha dos Mil Anjos que vende modelos do boneco de um anjo, personalizáveis. O dinheiro é revertido para o combate ao câncer de mama e colo do útero. Ao final da fala da senhora gaúcha, metade do auditório estava cheio, com 65 mulheres e 8 homens.

Leia mais notícias em Cidades

Durante o dia, estiveram presentes mais de 20 primeiras-damas de municípios e estados do país, em diferentes horários; dentre elas, Márcia Rollemberg (DF) e Maria Helena Sartori (RS). À tarde, Sartori apresentou a campanha Vigimama, que realizou enquanto primeira-dama de Caxias do Sul (RS), entre 2005 e 2012. Ao analisar os dados da saúde do município, ela observou que muitas mulheres faziam os exames, mas não retornavam ao médico com eles. Dessa forma, criaram 15 mil colares roxos - cor da Festa da Uva, típica da região - de bolinhas, que eram entregues de ;brinde; pelo médico, quando a paciente retornasse ao consultório. Nos anos seguintes, o colar foi substituído por brincos, echarpes, etc. A taxa de morte por câncer de mama diminuiu cerca de 10% em cinco anos.

;O papel da primeira dama é dar atenção às coisas sociais. A gente tem que mobilizar, até porque tem muita coisa que pode melhorar, mas as pessoas simplesmente não sabem como;, explicou sua missão no cargo de primeira-dama, agora do estado.

Além da fala de Sartori, médicos e especialistas debateram a condição do câncer de mama no Brasil - o que mais mata mulheres - e pensaram em como engajar as primeiras-damas em torno desta temática.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação