postado em 28/05/2015 10:36
No Distrito Federal, foram registradas 53,9 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos em 2013. O número é alto, com base no considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ; de 20 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Os dados foram levantados em uma pesquisa sobre o assunto feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e divulgados nesta quinta-feira (28/5). O período de análise foi entre 2009 e 2013.
O aborto está entre as causas das mortes maternas e, nesses cinco anos, teve índice variável entre 0% a 25%, mas, de acordo com o relatório, há uma subnoticação relevante desses casos. A maior proporção registrada se deu em 2013. Uma das principais formas de cuidar da gestante e do bebê é a realização de consultas pré-natais, como a pesquisa mesmo sugere, mas, entre 2009 e 2013 houve um aumento do percentual de gestantes com nenhuma consulta pré-natal no DF realizada até o parto.
Leia mais notícias em Cidades
Os maiores percentuais de mortalidade materna foram de mulheres em faixas etárias de 20 a 39 anos. Para a faixa etária de 40 a 49 anos, registrou-se um pico nos anos 2012 e 2013, enquanto em 2011 não houve registro de óbito. No período considerado, verificou-se ainda que a mortalidade de mulheres não negras foi maior que a de negras, a exceção de 2013. E também que a maior parte das que morreram era solteira.
Em contrapartida, a mortalidade de mulheres em idade fértil, de 10 a 49 anos, teve queda na região entre 2009 a 2013. Nesse primeiro ano, especificamente, morreram 92,2 mulheres para cada 100 mil em idade fértil. Em 2013, por sua vez, foram 83,6. A maior causa das mortes desse grupo diz respeito à cânceres, o que sugere a necessidade de um maior investimento em prevenção, como argumentam os pesquisadores.