Isa Stacciarini
postado em 01/06/2015 16:14
Acabou frustrada a audiência de conciliação entre representantes do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal e das empresas de ônibus no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tarde desta segunda-feira (1/6). Os patrões entraram na Justiça alegando abuso na paralisação relâmpago ocorrida na última quarta-feira e pediram a proibição de novos movimentos. Durante quase cinco horas, motoristas e cobradores cruzaram os braços e deixaram cerca de 1,2 milhão de pessoas sem transporte público.Como não houve acordo, o processo será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho para parecer e depois voltará ao TRT. O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Marcos Júnior Duarte, explicou que não houve paralisação. ;O que aconteceu foi um movimento para conversar com a categoria e chamar para a assembleia de ontem (domingo). O sistema não parou;, garantiu. Ele disse ainda que não houve conciliação porque os patrões não apresentaram proposta que atenda os anseios da categoria.
O advogado das empresas, Ophir Cavalcante, disse que o resultado da audiência frustrou as expectativas de toda a sociedade. ;As empresas querem continuar as negociações, sabemos do impacto que elas têm. As paralisações prejudicam a sociedade. A greve é um direito constitucional, mas não pode estar acima da constituição;, disse.
Os rodoviários decidiram, em assembleia na manhã desse domingo, cruzar os braços a partir de 8 de junho. A categoria pede 20% de reajuste salarial, aumento de 30% no valor do vale-alimentação e da cesta básica, além de plano de saúde familiar.