Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sem ônibus, Distrito Federal tem dia de caos no trânsito e no metrô

Cerca de 1,2 milhão dependem do transporte coletivo, mas poucos ônibus foram vistos circulando, momento de retenção no trânsito, metrô lotado e piratas atuando


Mesmo diante de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter 70% da frota de ônibus durante a greve dos rodoviários, decretada em assembleia neste domingo, não foi isso o que se viu na manhã desta segunda-feira (8/6), com garagens e terminais vazios. Os trabalhadores pedem reajustes de 20% nos salários e 30% no tíquete-alimentação e cesta-básica, além de plano de saúde familiar. Os empresários, porém, ofereceram 8,34%.
A reportagem do Correio percorreu várias paradas de ônibus no início da manhã, mas poucos coletivos e passageiros foram localizados no Recanto das Emas, Riacho Fundo, Taguatinga, Santa Maria, Sobradinho e Planaltina, por exemplo. Em contrapartida, era grande o número de veículos fazendo transporte pirata. Os preços cobrados chegavam a R$ 10 a passagem.

Leia mais notícias em Cidades

Sem ônibus, o trânsito sofreu retenção nas primeiros horas da manhã e o metrô ficou lotado. Por meio de assessoria de imprensa, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), informou que o horário de pico, das 6h às 8h45, no qual mais trens fazem os percursos para atender a demanda, pode ser estendido dependendo da quantidade de pessoas que ainda permanecerem nas estações.

Associação das Empresas das Transporte Coletivo e Urbano de Brasília estuda a possibilidade de entrar com um dissídio de greve, quando a paralisação é considerada abusiva. Cerca de 1,2 milhão de pessoas dependem do transporte coletivo diariamente no Distrito Federal.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, João de Jesus de Oliveira, a determinação não está sendo cumprida pela ausência dos motoristas e cobradores. ;A diretoria do sindicato está na frente de todas as garagens aguardando os trabalhadores para podermos orientá-los e seguir a determinação da Justiça;, afirmou.
Ainda de acordo com Oliveira, as empresas não teriam liberado ônibus especiais para fazer a condução dos funcionários, como fazem normalmente, o que dificultou a chegada dos profissionais aos postos de trabalho.
Aguarde mais informações