Cidades

Mancha de óleo é vista no Lago Paranoá próximo ao Setor de Clubes Sul

Técnicos do Ibram desconfiaram de duas embarcações, mas não o localizaram

Ailim Cabral
postado em 13/06/2015 08:05

A mancha surgiu próximo às margens do reservatório: poluição

Pelo quarto ano consecutivo, apareceu uma mancha de óleo no Lago Paranoá. Vista na tarde de ontem, a nódoa envolveu uma embarcação usada como espaço de festas no Setor de Clubes Sul, segundo testemunhas. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) enviou técnicos para o local e vistoriou dois barcos, mas não conseguiu precisar a origem do derramamento. Por meio de imagens divulgadas pela imprensa, o órgão confirmou que se trata de óleo. ;A mancha era grande e disseram que vinha daqui, mas não temos motor nem cozinha;, afirmou o administrador do I Maestri, Luís Geraldo Santos, ancorado diante do Shopping Pier 21. Segundo ele, o produto foi levado até a estrutura pelo vento.

O outro barco vistoriado pelo Ibram fica na Asbac. Mas Diego Nascimento, 26, piloto da embarcação, não viu a mancha. ;Os técnicos (do Ibram) estiveram no barco por volta das 15h (cerca de três horas após a nódoa ter sido vista), mas não acharam nada;, resumiu. Em nota, o instituto investigou a parte interna das duas estruturas, ;inclusive a casa de máquinas;, mas não constatou qualquer resíduo de óleo. Como o órgão não localizou o vazamento, não aplicará multas.

O coordenador do Movimento Amigos do Lago Paranoá, Guilherme Scartezini, alertou que os constantes derramamentos de óleo no Paranoá devem ser motivo de preocupação (leia Memória). ;A Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do DF) tem um projeto de captação de água para a população beber. É uma excelente ideia, mas a fiscalização precisa ser intensificada urgentemente;, defendeu o técnico ambiental.

A Caesb lançou o edital de licitação para o programa citado por Guilherme. O Sistema Produtor de Água Paranoá visa abastecer as regiões de Sobradinho 1 e 2, Planaltina, Itapoã, São Sebastião, Lago Norte e condomínios da região norte, como o Grande Colorado, a partir de 2018. Cerca de 600 mil moradores devem ser beneficiados. O investimento é de R$ 470 milhões, recursos que devem sair do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

Segundo o assessor da Diretoria de Engenharia da Caesb, Antônio Arada, materiais como óleo ;não preocupam; em relação ao projeto de captação. ;A água fica a uma profundidade de 8m, e o óleo não chega lá. Podemos afirmar que será seguro;, disse. Apesar disso, Arada afirmou ser uma ;consequência natural; o aumento na fiscalização para que realmente o uso potável seja possível.

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