Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feria (17/6) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan-DF) mostra que, em comparação com os anos de 2011 e 2013, o número de moradores que possuem ensino superior completo em Brazlândia aumentou, subiu de 6,54% para 7,27%. A porcentagem ainda é baixa, em comparação com outras regiões administrativas como Taguatinga, em que 16, 15% da população tem diploma acadêmico, segundo pesquisa da Codeplan de 2014.
A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) demonstrou ainda um paradoxo. Embora mais moradores da região tenham conseguido o diploma, houve crescimento do número de cidadãos analfabetos, de 3,59% para 3,70%. Segundo o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz, essa situação se deve à melhora da expectativa de vida na região administrativa. ;A pesquisa revelou aspectos bastante positivos. Quanto ao analfabetismo, os gráficos apontam que quase 70% da população analfabeta é idosa. Tal fato pode apontar para uma melhora na longevidade;, pontua.
Com relação à escolaridade, 37% da população possui ensino fundamental incompleto e 21% o ensino médio completo. Além disso, a maioria das pessoas que possuem nível superior continuam morando na cidade. Do total dos alunos de Brazlândia, 77% estudam na própria região administrativa, 11% em Taguatinga e 7% no Plano Piloto.
Quanto aos cidadãos que estão empregados, a pesquisa aponta que as atividades predominantes são desempenhadas no comércio. Em segundo lugar estão as ocupações nos serviços gerais e, logo após, na administração pública.
Aumento de renda e mais carros
Atualmente, a cidade possui um total estimado de 15.515 domicílios urbanos, com cerca de 52.287 habitantes. O estudo, que serve para o melhor planejamento de decisões do governo, calculou uma amostra de 484 domicílios nos três primeiros meses de 2015. Em linhas gerais, pode ser interpretada uma evolução nos indicadores socioeconômicos da região, com destaque para o aumento da renda per capita e do acesso aos bens de consumo. Por mês, a renda domiciliar das famílias de Brazlândia corresponde a cerca de R$ 3.240. Em 2013, esse valor era de R$ 3.040. ;Os serviços públicos da região atendem a praticamente todas as pessoas. A cidade é tradicional e a vida da população é estabilizada;, detalha Cruz. A PDAD atesta ainda que terrenos não regularizados têm infraestrutura melhor ou igual a dos regularizados.
Também aumentou o número de domicílios com automóvel, sendo que a porcentagem passou de 51,11 para 67,44. Nesse contexto, cerca de 67% das casas possuem veículo automotor. Apesar disso, a maioria da população não usa o carro para trabalhar. Cerca de 45% das pessoas vão ao trabalho de ônibus e 20% à pé. Os resultados também mostram que a maior parte população da cidade é economicamente ativa, sendo que quase metade dos moradores estão na faixa etária de 25 a 59 anos. Houve ainda aumento significativo no número de postos de trabalho na própria região e na quantidade de residências com TV por assinatura. Aspectos básicos como abastecimento de água, energia elétrica e coleta de lixo estão praticamente universalizados.