postado em 18/06/2015 11:18
A Secretaria de Saúde do DF descartou um possível caso de ebola na Unidade de Pronto Atendimento de Sobradinho. A suspeita surgiu quando um espanhol afirmou que vinha de uma viagem à Líberia, país em que 4.806 pessoas morreram em decorrência do vírus desde o início da epidemia. Ele deu entrada na unidade de saúde com sintomas relacionados à doença, mas característicos de outras patologias. No entanto, foi descartada a hipótese de ebola após investigação. O homem recebeu alta.Leia mais notícias em Cidades
De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, José Carlos Valença, não houve caso de ebola no DF. O paciente espanhol foi acolhido na UPA de Sobradinho em 15 de junho relatando febre alta. No dia seguinte, foi constatada uma infecção no trato urinário. No entanto, o espanhol relatou uma viagem à Libéria. Ele afirmou que teve contato com um amigo contaminado com ebola, entre 5 e 6 de junho. A partir daí, todos os protocolos foram tomados e o paciente isolado. ;Ele relatava que o amigo havia morrido de Ebola em São Paulo, algo que não era verdade;, disse Valença.
As afirmações do homem levaram à constatação de que ele nem sequer havia viajado. A suspeita é que o espanhol tenha distúrbios psiquiátricos. ;Nós não temos como verificar imediatamente se a pessoa viajou para países com o vírus. Infelizmente, é um risco;, disse Darcy Albuquerque, chefe do núcleo de endemias ao lembrar que a Libéria não tem casos de ebola desde março. A operação para investigar o caso envolveu cerca de 50 pessoas.
O vírus ebola é altamente infeccioso tem taxa de mortalidade entre 24% e 90%, dependendo da cepa. Na África Ocidental, uma epidemia da doença contaminou mais de 27 mil pessoas desde o início do ano passado, das quais 11.184 morreram, segundo balanço atualizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última terça-feira.