Cidades

Inframérica e Sindicato dos Taxistas tentam acordo para impasse da "pedra"

Local conhecido como "pedra" fica a menos de 3 km do embarque e desembarque, e funciona como uma base operacional dos taxistas; concessionária ganhou na Justiça o direito de reaver a área

Adriana Bernardes
postado em 20/06/2015 08:03
Quem assiste à movimentação lenta e metódica de táxis na fila do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek sequer imagina o clima de tensão vivido pelos profissionais que atuam ali. A Inframérica acaba de conseguir uma liminar de reintegração de posse de uma área de 13,4 mil metros quadrados ocupada pelo sindicato da categoria. O local, conhecido como ;pedra;, fica a menos de três quilômetros do embarque e desembarque de passageiros e funciona como uma base operacional do sindicato dos taxistas, que sempre monopolizou a prestação de serviço no terminal.

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Pesquisa da Secretaria de Aviação Civil mostra que nove em cada 10 passageiros do aeroporto de Brasília usam o táxi como meio de transporte. E qualquer impasse nas negociações afetará diretamente o usuário. Ao longo dos anos, sempre que se sentiram preteridos em seus interesses, os taxistas ameaçaram fechar o terminal, bloquearam ruas e colocaram fogo em pneus. Na maioria das vezes, mantiveram a operação como lhes convinha. Dessa vez, o Sinpetaxi adotou um discurso conciliador, apesar de, entre os motoristas, o tom ser diferente. Desagradou a criação de três vagas para quem atua com o radiotáxi ; empresas que oferecem desconto na corrida ;, na mesma fila usada pelos motoristas convencionais, que chegam a esperar quatro horas por uma única corrida.

O juiz que atua no processo de reintegração de posse convocou para a próxima quinta-feira uma audiência de conciliação. É nesse encontro que a presidente do Sinpetaxi, Maria do Bonfim, deposita as esperanças. Os passageiros do aeroporto representam lucro certo para a categoria, que atende a cerca de 2 mil corridas por dia. Os valores variam de R$ 20 a R$ 50. Fazendo uma média de R$ 35 por corrida, o faturamento pode chegar a R$ 70 mil por dia.

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