postado em 21/06/2015 19:55
A mulher de 86 anos infectada com Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) continua internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Mesmo se tratando da superbactéria, que é contagiosa, ela não foi isolada e segue em meio aos demais pacientes. Até a noite de ontem, a senhora se encontrava na sala amarela ; espaço reservado a quem está em estado estável ; com outras quatro pessoas. Por meio de nota, a Secretaria de Saúde não quis dar detalhes sobre o assunto. ;Quanto ao surgimento de novos casos, as informações só poderão ser repassados pela Comissão de Infectologistas na próxima semana;.
O governo anunciou no começo do mês o plano distrital de enfrentamento à resistência bacteriana. A partir de então, todos os pacientes em estado crítico passarão por exames para detectar as suspeitas de superbactérias. O plano frisa questões de higiene hospitalar, trato com o paciente contaminado e uso racional de antibióticos. Farmacêuticos serão realocados para acompanhar o uso de antibióticos na rede pública. Segundo a pasta, capotes, luvas, gorros e materiais de limpeza em geral estão garantidos para os próximos seis meses. "Tivemos um desabastecimento, mas vamos garantir que isso não ocorra mais", afirmou o secretário de saúde, João Batista de Sousa.
Batista já havia admitido, no começo do mês, que todos os hospitais da rede pública estão contaminados com a Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC). Ao Correio, o chefe da pasta, João Batista de Sousa, revelou que há mais de 200 pessoas colonizadas, ou seja, têm a superbactéria no organismo, e pelo menos 107 já desenvolveram infecção. ;Ainda são números preliminares;, explicou o secretário, ao confirmar que os dados são relativos a hospitais públicos e também privados. Diante dessa realidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cobrou explicações do GDF, que lançou o plano de enfrentamento às superbactérias.