Cidades

Polícia tenta reconstituir últimos passos de jovem morta brutalmente no DF

Investigadores tentam reconstituir as ações da jovem de 14 anos encontrada morta no Parque Lago do Cortado, nas semanas que antecederam o assassinato. Familiares apontam como suspeito um morador de rua da região, mas polícia acha precipitado

Isa Stacciarini
postado em 23/06/2015 07:17
A mãe e a avó da garota afirmam que o comportamento dela mudou recentemente: saídas sem avisos

Onde Emilly Cristiny da Silva esteve e o que ela fez antes de morrer. A Polícia Civil investiga os últimos passos da adolescente de 14 anos para desvendar o mistério que ronda crime. Agentes querem saber, por exemplo, a última vez que a aluna do 7; ano do ensino fundamental foi vista e com quem ela estava. Familiares, amigos e colegas de escola são ouvidos por equipes da 17; Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). No entanto, aqueles apontados como possíveis suspeitos estão sendo investigados com cautela. Os parentes da vítima desconfiam de que o responsável pelo assassinato seja um morador de rua, mas a polícia não confirma oficialmente. O corpo da garota foi encontrado no Parque Lago do Cortado, em Taguatinga Norte, com os pés e as mãos amarrados, além de aparentar sinais de traumatismo craniano e de violência sexual. Há uma suspeita de que ela passou a usar drogas ultimamente, segundo informações de testemunhas.

Emilly Cristiny foi encontrada com as mãos e os pés amarradosO delegado-chefe da unidade policial, Daniel Gomes, disse ontem que o local onde a polícia localizou o corpo da jovem é utilizado por viciados. ;Ela pode ter ido para lá consumir substâncias ilícitas e ter sido morta. Nenhuma hipótese está descartada;, afirmou. ;Essas pessoas das quais a família desconfia vão ser ouvidas, mas não dá para dizer se foram os próprios. A família informou que a vítima tinha deixado de frequentar a escola há algum tempo.;

Segundo a avó de Emilly, Almira Francisca dos Santos, 61 anos, com quem ela morava, na QNL 24, a adolescente passou a se comportar de maneira diferente depois de conhecer o tal morador de rua, há cerca de um ano (leia Depoimento). Ela teria deixado de frequentar a escola e costumava sair de casa sem avisar e voltar dias depois. ;As amigas dela acham que o assassinato é culpa dele;, contou. Familiares confirmam que ela passou a visitar locais considerados perigosos na região, sempre ao lado do suposto homem e com os amigos dele. ;Foi ele quem fez essa maldade com ela. A minha neta era uma pessoa boa antes disso tudo. Quero justiça. Espero que ele pague;, cobrou a aposentada.



A mãe da adolescente, a auxiliar administrativa Ana Paula de Almeida, 37, vive em Sobradinho. ;Ela costumava dormir na casa da avó. Senti falta dela, mas achei que a minha filha estivesse aqui (na casa da avó);, comentou. Na busca pela garota, familiares descobriram que o paradeiro de Emilly nem sempre era o que ela dizia à mãe. Eventualmente, ela dormia, em segredo, na casa de uma vizinha.

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