Cidades

DJ brasiliense arrecada dinheiro para financiar gerador de "balada-truck"

A kombi, na cor de urucum, é montada com palco, som e equipamento de discotecagem. Philipe Nagô precisa arrecar R$ 5 mil até 11 de julho

Gabriela Vinhal
postado em 23/06/2015 18:42
A kombi, na cor de urucum, é montada com palco, som e equipamento de discotecagem. Philipe Nagô precisa arrecar R$ 5 mil até 11 de julho
Estacionada em alguma avenida, praça ou festa da cidade, ao som de jazz, ska e músicas brasileira e africana, a Urukombi ; projeto do produtor cultural Philipe de Melo Romero (37), também conhecido por DJ Nagô ; chama sempre a atenção. Especialmente quando parada lado a lado aos foodtrucks, modinha do momento. Ali, não se serve comida, mas música, em espécie de inusitado "balada-truck". A kombi, pintada na cor do urucum e equipada com palco e som, já participou de, ao menos, 40 festas e encontros na capital federal. ;A ideia surgiu no final de 2013, quando decidi que queria um espaço com liberdade pra tocar o que eu quisesse. Daí resolvi comprá-la e reformá-la;, explica.

Contudo, para que as apresentações ocorram, é necessário energia, que Nagô sempre tem de conseguir com um ;apoio de uma loja ou com um gerador de um amigo;. Para tornar a Urukombi totalmente independente, o DJ entrou no financiamento coletivo Catarse para conseguir comprar o próprio gerador. ;Quero ter a própria fonte de energia pra parar de depender de espaços físicos e poder ocupar os espaços públicos da cidade;, justifica.

A campanha tem meta de arrecadar R$ 5 mil até 11 de julho. Até a publicação deste texto, ele já tinha conseguido R$ 2.700. Nagô garante que quem ajudar no projeto, ganhará prêmios. ;Com R$ 100 ou mais, você escolhe o combo de festa que mais combina com você e ganha 10 convites ao todo;, conta. O fim da arrecadação será marcado por uma festa, em 12 de julho, organizada pelo produtor, na qual haverá uma lista especial da Urukombi com o nome de cada ;patrocinador;.
Mesmo sem cobrar do público a entrada das festas, Nagô conta que, quando é chamado para se apresentar em alguma festa ou em algum bar, ganha pela discotecagem. E, se produz algum evento que tem encontro de foodtrucks, recebe uma taxa pelo espaço: "Eles pagam uma quantia para se instalarem na festa. O que eu amo se tornou também meu ganha-pão".

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