Setenta e seis anos de vida. Mais da metade deles, dedicados ao balé. No próximo mês, serão 25 anos à frente do Seminário Internacional de Dança. A carioca Gis;le Santoro, viúva do maestro Cláudio Santoro, tem uma história de vida especial, humildemente compartilhada com a capital federal. E, independentemente do lugar ; Rio de Janeiro, Brasília, ou Europa, onde viveu com os pais e, mais tarde, com o marido ;, sempre teve uma vida repleta de realizações, superação e, claro, projetos de solidariedade. Tudo por meio da dança. Para coroar essa trajetória, a coreógrafa e professora é, a partir de hoje, cidadã honorária de Brasília.
A homenagem foi feita pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, ontem, às 19h. Mas os preparativos começaram cedo: uma ida ao salão para dar um retoque e não deixar a desejar na hora do evento. A solenidade também marcou a inclusão do seminário de dança no calendário de eventos oficiais do DF. O título, para uma carioca radicada em Brasília, era o que faltava para bater o martelo na relação de amor que existe entre ela e a cidade, iniciada há 55 anos. Gis;le dançou em cima do Congresso Nacional na inauguração da nova capital. ;Brasília significa muito para mim. Dancei na inauguração, conheci meu marido aqui, e quisemos viver aqui para ver a cidade se desenvolvendo, como se fosse um filho crescendo. Quando voltamos do exílio, Claudio poderia ter ido para o Rio, mas ele adorava Brasília. E eu também;, comentou.
O seminário era um dos grandes sonhos da coreógrafa, transformou-se em realidade e, mais que isso, tornou-se também o sonho de muitas outras pessoas. Essa é a principal função do projeto, que ocorrerá de 13 de julho a 1; de agosto, no Estádio Mané Garrincha. Três semanas de estudo, dedicação quase que exclusiva ao universo da dança, para qualificar dançarinos de todas as partes do mundo. ;É um seminário de várias facetas. Evento acadêmico, o único do mundo para aperfeiçoar e observar talentos. Os professores são verdadeiros olheiros, como no futebol. Presta-se atenção em disciplina, carisma, potencial, capacidade de aprendizado. Além disso, é um universo onde é possível conhecer outras disciplinas e outras formas de ensino;, explicou. De lá, saem os bolsistas da dança. Uma seleção de dançarinos com oportunidade de estudar no exterior. Até hoje, 440 bolsas foram doadas, e cerca de R$ 1,2 milhão em prêmios.
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