Cidades

Cine Drive-In, ponto turístico da cidade, luta para seguir em funcionamento

A maior batalha de Marta Fagundes é regularizar o espaço

Luiz Calcagno
postado em 28/06/2015 08:25
Marta Fagundes (D) herdou do pai a responsabilidade de cuidar da estrutura do Drive-In. Para isso, ela conta a a ajuda da filha, Bruna Luiza

O cenário do Cine Drive-In de Brasília, com a tela de concreto armado, é símbolo da própria resistência do estabelecimento. Localizado dentro do Autódromo Internacional Nelson Piquet, sobreviveu a diversas tentativas de fechamento. A última delas ocorreu durante a reforma da pista para a Fórmula Indy, cancelada pelo Governo do Distrito Federal por causa da crise financeira enfrentada pelo Executivo local. Apesar das dificuldades, a atração turística resiste graças à luta da nutricionista Marta Fagundes, 55 anos, responsável pelo cinema ao ar livre. É dela a história que abre a segunda reportagem da série sobre brasilienses que, muitas vezes, sem a ajuda do governo, mantêm abertas as portas de pontos históricos da capital federal ; a primeira tratou sobre a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.

[SAIBAMAIS]A maior batalha de Marta Fagundes é regularizar o espaço. Embora funcione há 41 anos no autódromo e tenha passado por alterações e se modernizado, as seguidas administrações do GDF nunca se mostraram sensíveis à causa do Drive-In. Com a ajuda da filha, Bruna Luiza Zeuner Fagundes Santos, 29 anos, ela se dedica ao cinema que considera um polo de cultura cinematográfica de Brasília. O próximo passo será a aquisição de um projetor digital, pois é cada vez mais difícil encontrar distribuidoras de filmes em película.

Atualmente, os ingressos não são suficientes para manter o cinema em funcionamento. Assim, o estabelecimento recebe uma verba complementar do Ministério da Cultura. A compra do novo equipamento, no entanto, não virá desse dinheiro. ;É um investimento muito alto para fazermos sem a segurança de um contrato com o GDF. Mas tem de ser feito ou enfrentaríamos, mais uma vez, o risco de fechar as portas. A nossa luta é antiga demais para desistirmos. Data do arrendamento do autódromo, em 2005. Precisamos legalizar o nosso espaço. O governador Rodrigo Rollemberg sabe da nossa situação;, afirma. Segundo ela, o Drive-In ;cresceu com a cidade;. Até a tela de concreto segue os padrões arquitetônicos de Oscar Niemeyer. A programação de cinema é voltada para casais apaixonados e para a família. ;É um importante local cultural, e a população brasiliense valoriza muito esse espaço. Por isso, lutamos tanto para que ele não acabe;, ressalta.

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