postado em 29/06/2015 06:10
Inventar moda é uma prática recorrente de toda criança, sobretudo das meninas. Elas criam roupas para as bonecas e dão novas utilidades aos vestidos e sapatos da mãe. Anos depois, redescobrem o verbo costurar e acrescentam ao vocabulário termos como viés, alinhavar, ponto-correntinha ou pé de galinha. Depois do trabalho, dos estudos ou mesmo para acrescentar aos conhecimentos da faculdade de moda, muitas brasilienses estão arrumando linhas, agulhas e tecidos para frequentar aulas de corte e costura. Um hobby ou um ofício de anos atrás, mas que também pode ser divertido, criativo e relaxante.
Em um apartamento na Asa Norte, que mais parece uma casa de boneca pelo capricho e pelos detalhes, funciona o Ateliê da Minda. Ali, semanalmente, várias mulheres de diferentes perfis e idades se reúnem para aprender esse ofício. Desde o item básico até a usar uma máquina de costura. A professora é uma apaixonada pela combinação linha e agulha. A primeira aula de Alminda Ramos, 62 anos, foi na adolescência. Anos depois, ela começou a trabalhar com decoração de festas infantis. Desde então, nunca mais largou o artesanato.
;Tudo começou porque umas amigas dos meus filhos falavam que queriam ter aulas comigo;, justifica a professora, aos risos. Nenhuma dessas meninas tornou-se aluna, mas, desde que abriu as portas de casa, há dois anos, Alminda deu lições a mais de 40 mulheres. Para cada uma, o significado da costura é diferente. Mas alinhavar e criar são atividades relaxantes e que eliminam o estresse. A artesã Carmem Carlini, 64 anos, conheceu o curso por indicação de uma amiga. Depois de 10 aulas, tem no portfólio lindos panos de prato, trabalhados com todo o cuidado. E detalhe: a costura é feita à mão ou na máquina que era da mãe dela. Antes, gastava dinheiro com costureira. Agora, quem faz os ajustes das netas é a avó.
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