postado em 02/07/2015 09:43
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia do Ministério Público local (MPDFT) contra dois policiais militares acusados de torturar e matar o auxiliar de serviços gerais Antônio Pereira de Araújo, em Planaltina, há mais de dois anos. Oficiais do 14; Batalhão da Polícia Militar (BPM) se tornaram réus no processo, e têm 10 dias para tentar se defender. A decisão é da juíza da 2; Vara Criminal de Planaltina, Catarina de Macedo Nogueira Lima e Correa.
De acordo com a denúncia, os sargentos do 14; Batalhão de Polícia Militar (BPM) Carlos Roberto José Pereira e Silvano Dias de Sousa serão os únicos investigados. Inicialmente, a suspeita era de que seis policias militares, entre eles, cabos e sargentos da corporação, estivessem envolvidos.
A vítima desapareceu em 27 de maio de 2013, depois de ser abordada por PMs dentro da chácara de um sargento, no Córrego do Atoleiro, no Arapoanga. Ele foi tratado como suspeito de invadir o imóvel, e, por isso, encaminhado à delegaria. Depois disso, nunca mais foi visto. Os restos mortais de Araújo foram encontrados quase seis meses depois do sumiço dele, em 21 de novembro, em uma área de cerrado no Setor Residencial Leste.
Segundo informações da Polícia Militar, Antônio teria sido conduzido à 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) e liberado em seguida, por não ter antecedentes criminais. Contudo, não há nenhum documento que comprove a passagem dele pela unidade policial. Segundo levantamentos feitos pelo Correio na época, existiam contradições entre as histórias contadas pela PMDF e pela PCDF.
O auxiliar de serviços gerais foi visto pela última vez pela mãe, a aposentada Felícia Pereira Araújo, 70 anos. Ele deixou a casa dela por volta das 14h de 26 de maio para se encontrar com o irmão em uma casa a 800 metros de onde ele estava. Ele pretendia assistir ao jogo entre o Santos e o Flamengo, mas não apareceu.
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[SAIBAMAIS]As próximas notícias sobre o paradeiro dele viriam apenas no dia seguinte. Mas, as circunstâncias em que ele foi encontrado dividiram opiniões. Antônio de Araújo foi flagrado por volta das 4h40 nas terras do sargento Valdemiço Salustriano de Souza, sem camisa e de bermuda. Ele apresentava um arranhão nas costas e sinais de embriaguez, segundo os depoimentos dos PMs.
Percebendo a gravidade do caso, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal solicitou que fosse dada atenção especial e tratamento de urgência. Na época, a então presidente da comissão, a senadora Ana Rita (PT-ES), organizou uma reunião com o então secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, e encaminhou ofícios para as polícias Civil e Militar, cobrando uma solução. Esse episódio aconteceu 165 dias depois do desaparecimento de Antônio de Araújo.
Manifestações
De acordo com a denúncia, os sargentos do 14; Batalhão de Polícia Militar (BPM) Carlos Roberto José Pereira e Silvano Dias de Sousa serão os únicos investigados. Inicialmente, a suspeita era de que seis policias militares, entre eles, cabos e sargentos da corporação, estivessem envolvidos.
A vítima desapareceu em 27 de maio de 2013, depois de ser abordada por PMs dentro da chácara de um sargento, no Córrego do Atoleiro, no Arapoanga. Ele foi tratado como suspeito de invadir o imóvel, e, por isso, encaminhado à delegaria. Depois disso, nunca mais foi visto. Os restos mortais de Araújo foram encontrados quase seis meses depois do sumiço dele, em 21 de novembro, em uma área de cerrado no Setor Residencial Leste.
Segundo informações da Polícia Militar, Antônio teria sido conduzido à 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) e liberado em seguida, por não ter antecedentes criminais. Contudo, não há nenhum documento que comprove a passagem dele pela unidade policial. Segundo levantamentos feitos pelo Correio na época, existiam contradições entre as histórias contadas pela PMDF e pela PCDF.
O auxiliar de serviços gerais foi visto pela última vez pela mãe, a aposentada Felícia Pereira Araújo, 70 anos. Ele deixou a casa dela por volta das 14h de 26 de maio para se encontrar com o irmão em uma casa a 800 metros de onde ele estava. Ele pretendia assistir ao jogo entre o Santos e o Flamengo, mas não apareceu.
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[SAIBAMAIS]As próximas notícias sobre o paradeiro dele viriam apenas no dia seguinte. Mas, as circunstâncias em que ele foi encontrado dividiram opiniões. Antônio de Araújo foi flagrado por volta das 4h40 nas terras do sargento Valdemiço Salustriano de Souza, sem camisa e de bermuda. Ele apresentava um arranhão nas costas e sinais de embriaguez, segundo os depoimentos dos PMs.
Percebendo a gravidade do caso, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal solicitou que fosse dada atenção especial e tratamento de urgência. Na época, a então presidente da comissão, a senadora Ana Rita (PT-ES), organizou uma reunião com o então secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, e encaminhou ofícios para as polícias Civil e Militar, cobrando uma solução. Esse episódio aconteceu 165 dias depois do desaparecimento de Antônio de Araújo.
Manifestações
Por sucessivas vezes, familiares do auxiliar de serviços gerais protestaram em frente ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) e ao Palácio do Buriti para pedir esclarecimentos sobre o caso.
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