Cidades

SLU recolhe, em área publica do DF, 85% do volume produzido nas casas

Algumas doenças poderiam ser evitadas se as pessoas conservassem a cidade limpa. Há 897 zonas críticas. O Guará lidera o ranking dos que menos cuidam da própria localidade

postado em 05/07/2015 08:00
Rua tomada por lixo e restos de construção no Guará, cidade considerada mais suja em levantamento do Serviço de Limpeza Urbana (SLU)
Brasília é uma das poucas cidades planejadas, mas sofre com problemas comuns às grandes metrópoles. Um dos principais desafios da capital federal é a limpeza urbana, que afeta diretamente a qualidade de vida. O entrave vai além de políticas públicas e da gestão governamental. Coloca em xeque a saúde do brasiliense, que, nos últimos anos, também se boicota. O papelzinho atirado pela janela do carro, o lixo deixado antes do horário da coleta e o despejo em área pública de entulho e grandes objetos como sofás, geladeiras e pneus refletem no bem-estar da população.

No ano passado, cerca de 772 mil toneladas de lixo foram recolhidas nas ruas do Distrito Federal. Isso equivale a 85% do volume produzido nas casas, cerca de 844 mil toneladas. Diante dessa quantidade de resíduos e dejetos, autoridades e especialistas alertam para os riscos à saúde pública e apostam na consciência ambiental como solução para o problema. Segundo dados do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a região administrativa mais limpa é o Plano Piloto. Na outra ponta do ranking, aparece o Guará (veja Saúde pública).

Doenças como diarreia, dengue, leptospirose, cólera, infecções de estômago e de pele, entre outras, são facilmente evitadas quando práticas simples de higiene fazem parte da rotina. Segundo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 67% das crianças e adolescentes não ficariam doentes se vivessem em ambientes urbanos mais asseados.

Na contramão da saúde coletiva, estão 897 pontos de constante poluição, com base no mais recente levantamento do SLU, que mapeou todo o DF no primeiro semestre. São praças, esquinas e áreas públicas transformadas em lixões a céu aberto. ;Essa é uma questão de consciência ambiental e de responsabilidade cidadã. Na maioria dos casos, estamos enxugando gelo na limpeza das cidades. As equipes recolhem a sujeira e, em menos de 10 dias, a situação é a mesma;, ressalta Kátia Campos, diretora do SLU.

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