A guerra entre taxistas e motoristas particulares teve novo capítulo na manhã desta segunda-feira (13/7). Proprietários de vans, carros e transporte de turismo saíram em carreata como forma de repúdio à agressão sofrida por um agente de turismo. Confundido com um motorista do aplicativo Uber, o homem tinha ido até o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, uniformizado, para buscar o cantor Sérgio Reis e foi agredido por taxistas. A Polícia Militar estima que cerca de 100 carros tenham participado da carreata.
O grupo iniciou o trajeto no terminal e seguiu para o Palácio do Buriti. Em faixas e com um trio elétrico, eles afirmam que não são piratas e que impulsionam a economia do Distrito Federal. Lembraram ainda que prestaram um trabalho essencial durante a Copa do Mundo e que merecem respeito. Os manifestantes pararam no estacionamento em frente ao Palácio do Buriti, por volta das 9h30, e aguardam por uma conversa com o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).
Além de repudiar a agressão contra um colega, os manifestantes ainda pedem melhores condições de trabalho ao governo. Em 6 de julho, a Agência Nacional de Transporte Terreste (ANTT) baixou a Resolução 4.777, que regulamenta a prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros realizado em regime de fretamento.
A autorização, no entanto, segundo a categoria, limitaria a quantidade de quilômetros que os profissionais podem rodar. " A intenção não é criar transtornos. Temos muitos deveres, queremos também nossos direitos. Além disso, a concorrência é saudável, mas quando há exageros é necessário cautela. Os taxistas não tinham o direito de agredir o motorista", afirmou Ângelus Scotti, proprietário de uma empresa de turismo.