A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu cerca de 200 frascos de medicamentos manipulados que eram vendidos irregularmente em uma farmácia, de um shopping da Asa Norte. A ação foi desenvolvida pela Divisão de Defesa do Consumidor (Dicon) e também prendeu uma mulher de 65 anos, proprietária do estabelecimento.
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De acordo com o delegado adjunto da Dicon, João de Ataliba, a apreensão ocorreu após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertar a corporação sobre a possibilidade de medicamentos manipulados por outros laboratórios estarem sendo vendidos em outro estabelecimento. De acordo com as regras, cada estabelecimento deve ter o próprio laboratório.
Durante a ação, a polícia apurou que diferentemente das informações iniciais, o comércio vendia os produtos sem as informações de identificação, como fabricante, CNPJ, compostos, e outros. "A falta dessas informações é crime. Quem compra deve saber os antecedentes do produto", comentou o delegado.
Ainda durante a ação, a polícia detectou o uso de uma substância proibida na fabricação de alguns medicamentos, o ácido retinóico. "Ela não poderia manipular esse produto. Somente farmácias especiais podem proceder com ele. Isso caracteriza tráfico de drogas", completou Ataliba.
Cleide Regina da Silva, 61 anos, proprietária do estabelecimento foi presa. A farmacêutica pode responder pelos crimes de venda irregular de medicamentos, tráfico de drogas e uso de matéria-prima indevida. As penas podem somar até 40 anos de reclusão.