O tempo passou, muitas coisas mudaram e evoluíram, o saudoso quadro-negro, inclusive, sequer existe mais. No entanto, a amizade permanece como no primeiro dia. A parceria prevalece. Em todos os momentos. Quando competiam na tabuada, na época de muito estudo, quando levaram advertência, na época de muita farra, nos relacionamentos com as garotas, nos erros e nos acertos. Vinícius Moraes de Almeida, Thiago Jorge Barbosa Pereira e Rafael Pereira da Costa, todos com 26 anos, conservam a amizade desde o tempo em que professoras só usavam giz. Conheceram-se por volta dos 7 anos. Fizeram faculdade, Vinícius e Thiago viraram servidores públicos, e Rafael se prepara para lançar um negócio virtual. Visitar a escola onde tudo começou fez dos homens meninos outra vez.
A sala onde foi tirada uma das tantas fotos que eles guardam mudou bastante. Agora usam lousa com pincel. A cerâmica também foi trocada por uma mais clara. ;Tem 20 anos. Ainda bem que mudou;, brinca Thiago. Ele lembra que a aproximação entre os três foi dada pela dedicação aos estudos. Gostavam de competir quem sabia mais a tabuada ou copiava a tarefa no quadro em menor tempo. Eram conhecidos como os nerds da turma. As notas sempre lá em cima, até se aproximarem de fato. Quando a convivência entre eles começou a ser mais forte fora da sala de aula, as coisas mudaram. ;Desandou tudo. Viramos muito amigos. Vieram advertências, nota baixa, mas nunca ficamos de recuperação;, afirma Rafael.
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A relação foi distanciada um tempo por conta dos estudos de Thiago e Vinícius, mas nada que separasse demais a turma. Entre as histórias desses 20 anos de amizade, muitas são impublicáveis. ;Tem coisa que a gente não conta;, revela Thiago. Vinícius lembra, então, uma marcante. ;A namorada de um amigo estava traindo ele. Nós descobrimos e nos juntamos para resolver o problema. Contamos, e ele terminou com ela;, conta. Thiago afirma que foi difícil revelar a situação, mas Rafael veio logo com a solução tomada. ;Bebemos um bocado e falamos logo. Mulher passa. Amigo, a gente dá sequência;, compara Rafael.
[SAIBAMAIS]Outra que não pode passar, segundo eles, é a do velotrol. Vinícius afirma que eles pegaram o brinquedo ;emprestado; de um sobrinho para um trabalho da escola, mas, no meio do caminho, tiveram uma ideia. ;Pegamos e sentamos no velotrol para descer na passarela. Quando chegou no fim, o brinquedo quebrou;, conta aos risos. ;E ainda filmamos;, completa Rafael, ao recordar mais uma das centenas de histórias do trio. ;Quando estávamos no 3; ano, montamos um time de futebol só com aqueles que ninguém aceitava. Os gordos, nerds, pequenos. Nós ganhamos do time favorito. Quando saiu o primeiro gol, a arquibancada demorou alguns minutos para acreditar;, diz.
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