Jornal Correio Braziliense

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Economia criativa emprega 22 mil trabalhadores do Distrito Federal

Índice é o mesmo dos ocupados com a indústria de transformação

A economia criativa do Distrito Federal emprega 22 mil profissionais, o que corresponde a 1,5% da mão de obra formal. A quantidade de trabalhores envolvidos no setor é a mesma da indústria da transformação no DF. Os salários médios pagos no setor são de R$ 3,92 mil e o valor das remunerações subiu 16% entre 2006 e 2013. O recorte do segmento no DF foi apresentado em pesquisa nesta quinta-feira (30/7) na sede da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

Embora seja um dos setores promissores da economia do Distrito Federal, a coordenadora da unidade de Economia Criativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Teresa Cristina, explica que, por ser uma agenda nova, falta previsão orçamentária para as políticas relacionadas a esse setor. "Nossa ideia é identificar os arranjos produtivos locais e fazer um mapeamento. Pretendemos incluir na previsão orçamentária de 2016-2019 verbas para podermos lançarmos editais e políticas públicas", afirma.
De acordo com o presidente da Codeplan, Lúcio Remuzart, a alta qualificação de mão de obra dos trabalhadores da capital federal faz de Brasília um terreno fértil para a economia criativa. A cidade se destaca entre as outras metrópoles por conta da quantidade de trabalhadores altamente qualificados, com a maior proporção de pessoas com doutorado por habitantes no Brasil - 181,08 a cada 100 mil habitantes - , o que abre a possibilidade do desenvolvimento de atividades ligadas à pesquisa. De acordo com um estudo divulgado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), nesta quinta-feira (30/7), além das pessoas com doutorado, aproximadamente 20% dos moradores com mais de 25 anos têm nível superior.

O presidente lembra ainda que Brasília tem importante mercado consumidor para os produtos e serviços da economia criativa. "Temos uma público com capacidade de compra muito grande e nível de escolaridade alto, o que ajuda no interesse por esses produtos", analisa Remuzart.



Para o secretário de Cultura, Guilherme Reis, o setor de economia criativa, principalmente na área cultural, tem muita informalidade. Por isso, ele acredita que o número de profissionais envolvidos é maior do que o apontado pela pesquisa. "Essa é a primeira pesquisa sobre o assunto no DF e só envolveu mercado formal, mas acreditamos que este número está subestimado. Com essa pesquisa, um passo importante foi dado porque a gente precisa de informação para podermos elaborarmos as políticas públicas para este setor", avalia.

Atividades criativas


O Estudo classificou o setor criativo em quatro gupos. O Patrimônio, que inclui artesanato, festivais, museus e bibliotecas; Artes, que conta com pintura, fotogragia, música ao vivo e teatro; Mída, que abrange livros, imprensa, cinema e Criações funcionais como games, brinquedos, moda e publicidade.